PF vê Bolsonaro como “principal destinatário” de ação ilegal da Abin
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, retirou o sigilo de investigação sobre a Abin Paralela
A Polícia Federal (PF), em relatório remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF), concluiu que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) era o “principal destinatário” das ” ações clandestinas” e da “instrumentalização” da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), no caso que ficou conhecido como Abin Paralela.
“Os eventos destacados ao longo da investigação, ainda, demonstram que as ações eram realizadas para obtenção de vantagens precipuamente [sobretudo] do NÚCLEO POLÍTICO. As ações clandestinas, portanto, tinham seus produtos delituosos destinados ao interesse deste núcleo com ataques direcionados à adversários e ao sistema eleitoral dentre outros”, destaca a corporação.
Entre os participantes do grupo “núcleo político”, a PF destaca os nomes do ex-presidente e de um dos filho dele, o vereador Carlos Bolsonaro. Embora a PF veja Bolsonaro como “principal destinatário” das ações cladestinas, ele não foi indiciado pela PF no caso.
Nesta quarta-feira (18/6), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, retirou o sigilo dos autos da investigação. Segundo a Corte, a decisão foi tomada após a constatação de vazamentos seletivos de trechos do relatório policial.
Mateus Salomão
METRÓPOLES