PF prende Felipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, após tentativa de fuga de Silvinei Vasques

27/12/2025 05h32 - Atualizado há 1 hora

Martins foi condenado a 21 anos por tentativa de golpe de Estado

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Felipe Martins foi assessor especial de assuntos internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro. (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal cumpre novos mandados contra investigados na trama golpista. A defesa do advogado Felipe Martins, ex-assessor de assuntos internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), comunicou que o corréu teve medidas cautelares convertidas em prisão domiciliar preventiva. Felipe Martins foi condenado a 21 anos por tentativa de golpe de Estado.

Segundo apurou a CNN com integrantes da PF, outros mandados estão sendo cumpridos sob sigilo, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

As ações ocorrem um dia após a prisão do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques, também condenado no processo que marca a resposta do Judiciário aos ataques do 8 de janeiro de 2023 às instituições democráticas.

Jeffrey Chiquine, advogado de Felipe Martins, criticou a conduta do ministro nas redes sociais. Ele acusa a decisão de violar princípios bases da Constituição Federal e do Direito Penal. Martins completou neste dia 27, segundo Chiquine, mais de 550 dias sob monitoramento de tornozeleira eletrônica.

“O ministro Alexandre de Moraes, há três semanas, deu uma decisão dizendo que Filipe Martins cumpre as cautelares de forma exemplar. Então, o que mudou? Porque, de repente, hoje, no meio do recesso, semana de festas, Felipe Martins tem uma prisão domiciliar decretada sem qualquer motivo, mas um grave erro de processo penal”, afirmou.

Com a conversão das medidas cautelares em prisão preventiva, Martins está proibido de receber visitas.

Prisão de Silvinei

A PF recebeu da Polícia do Paraguai na noite de ontem (26) o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques. Condenado e sob monitoramento de tornozeleira, Vasques teria tentado fuga pelo país vizinho após quebrar o equipamento. Ele teria usado documentação falsificada e afirmado estar com câncer na garganta, o que o impediria de falar caso fosse abordado por policiais.

Silvinei foi detido no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai. O plano do ex-PRF era embarcar em voo que faria escala no Panamá e iria para El Salvador. A prisão aconteceu na madrugada do dia 26.

A condenação de Silvinei no processo da trama golpista impôs 24 anos e seis meses de prisão.