PF investiga se Abin teria ajudado filhos de Bolsonaro com provas para se defender na Justiça
Em nota, senador Flávio Bolsonaro afirmou que 'é mentira que a Abin tenha favorecido de alguma forma, em qualquer situação'
A Polícia Federal trabalha com a suspeita de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi usada para ajudar filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro fornecendo informações para que eles pudessem se defender de investigações judiciais em tramitação na Justiça. A informação foi confirmada por interlocutores ao R7.
Em nota, o senador Flávio Bolsonaro afirmou que "é mentira que a Abin tenha me favorecido de alguma forma, em qualquer situação, durante meus 42 anos de vida".
"Isso é um completo absurdo e mais uma tentativa de criar falsas narrativas para atacar o sobrenome Bolsonaro. Minha vida foi virada do avesso por quase cinco anos e nada foi encontrado, sendo a investigação arquivada pelos tribunais superiores com teses tão somente jurídicas, conforme amplamente divulgado pela grande mídia", disse na nota.
A Polícia Federal investiga, desde o ano passado, o uso irregular de um sistema da Abin para monitorar autoridades brasileiras, como os ministros do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. De acordo com as investigações, o programa permitia o monitoramento de até 10 mil celulares a cada 12 meses.
Nesta quinta-feira (25), endereços ligado ao deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que atuou como diretor-geral da agência, foram alvos de buscas por parte dos agentes federais. Ramagem é um dos alvos de uma operação que investiga o suposto uso ilegal de uma ferramenta de espionagem em sistemas da agência.
O gabinete do parlamentar é um dos locais onde os agentes fazem buscas, assim como endereços de outras pessoas no Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A casa e o escritório do deputado também foram alvos da ação. Ramagem deve prestar depoimento na sede da PF.
Gabriela Coelho, do R7, em Brasília