PF deflagra quarta fase da Operação Lama Asfáltica

11/05/2017 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

A Polícia Federal, a Controladoria Geral da União e a Receita Federal deflagraram nesta quinta-feira (11/5) a quarta fase da Operação Lama Asfáltica, denominada Máquinas de Lama. A investigação tem como objetivo desbaratar organização criminosa que desviou recursos públicos por meio do direcionamento de licitações públicas, superfaturamento de obras públicas, aquisição fictícia ou ilícita de produtos e corrupção de agentes públicos. Os recursos desviados passaram por processos de ocultação da origem, resultando na configuração do delito de lavagem de dinheiro.

Estão sendo cumpridos 3 mandados de prisão preventiva, 9 mandados de condução coercitiva, 32 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas. As medidas estão sendo cumpridas em Campo Grande/MS, Nioaque/MS, Porto Murtinho/MS, Três Lagoas/MS, São Paulo/SP e Curitiba/PR, com a participação de aproximadamente 270 policiais federais, servidores da CGU e servidores da Receita Federal.

Esta nova fase da investigação decorre da análise dos materiais apreendidos em fases anteriores, cotejados com fiscalizações, exames periciais e diligências investigativas, as quais permitiram aprofundar o conhecimento nas práticas delituosas da organização criminosa. Restaram ratificadas as provas de desvios e superfaturamentos em obras públicas, com o direcionamento de licitações e o uso de documentos ideologicamente falsos a justificar a continuidade e o aditamento de contratos, com a conivência de servidores públicos. Os valores repassados a título de propina eram justificados, principalmente, com o aluguel de máquinas. As investigações demonstraram que estas negociações eram, em sua maioria, fictícias, com o único propósito de aparentar uma origem lícita aos recursos financeiros. Em virtude deste estratagema criminoso, esta fase da operação foi batizada de Máquinas de Lama.

Detectaram-se também novas motivações para o pagamento de propinas aos servidores públicos e a consequente tentativa de lavagem de dinheiro, dentre os quais a obtenção de benefícios e isenções fiscais. Entende-se que os prejuízos causados pelo grupo criminoso ao erário, levando-se em consideração os sobrepreços e desvios em obras públicas e as propinas pagas a integrantes da organização tem um valor aproximado de R$ 150 milhões.

Será realizada uma entrevista coletiva, às 10h, no auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal em Campo Grande/MS, com os integrantes da Força-Tarefa que compõem a investigação, para repassar mais detalhes sobre a quarta fase da Operação Lama Asfáltica.

Comunicação Social da Polícia Federal no Mato Grosso do Sul