Pedido de prisão de Aécio mina estratégia do Planalto para votação

01/08/2017 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Depois de jantar com Michel Temer, no sábado (29), e de se comprometer com o presidente a angariar apoio dentro do PSDB para barrar a denúncia contra o peemedebista, por corrupção passiva, o senador Aécio Neves voltou a ser alvo de Rodrigo Janot.

O procurador-geral da República pediu, mais uma vez, a prisão do mineiro, nessa segunda-feira (31). O senador é acusado de corrupção passiva e obstrução da Justiça.

Segundo as investigações, ele teria recebido R$ 2 milhões da JBS e atuado no Senado e junto ao Executivo para atrapalhar as investigações da operação Lava Jato.

Conforme aliados de Temer, o pedido de Janot enfraquece ainda mais o tucano e compromete sua capacidade de articulação política.

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Segundo parlamentares da base governista, de acordo com informações da jornalista Andréia Sadi, do portal G1, os deputados indecisos, já receosos com o desgaste que um possível apoio ao presidente poderia causar, agora também temem os prejuízos gerados, em ano pré-eleitoral, por uma associação a Aécio.

Desde que Michel Temer foi citado na delação da JBS, o PSDB tem se mostrado dividido. Um grupo defende que o partido deixe o governo, enquanto outro segue apoiando o presidente.

A votação da denúncia contra Temer está marcada para amanhã, no plenário da Câmara. São necessários 342, dos 513 votos da Casa, para dar prosseguimento, ou não, ao caso. Para barrar o processo e impedi-lo de chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF), a quem cabe denunciar o peemedebista, são exigidos pelo menos 171 votos contrários à denúncia.