PDT reforça apoio a Riedel mesmo com PSDB articulando com Tereza Cristina

31/10/2021 09h46 - Atualizado há 3 anos

Para Dagoberto, partido não tem se importado com a possibilidade de candidato dividir palanque

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Arquivo / Correio do Estado

Da Redação

Com rumores de que o PSDB está articulando apoio à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina (DEM), uma conversa dos tucanos em Mato Grosso do Sul com as siglas de esquerda que ocorrem a mudar e o cenário político regional ganhará um outro caminho.

Entre os partidos que se alinhando com o governo Reinaldo Azambuja, o PDT é um dos poucos que já confirmaram, sem titubear, o apoio ao pré-candidato ao governador Eduardo Riedel (PSDB).

O presidente estadual do PDT no Estado, Dagoberto Nogueira Filho, que também é deputado federal, não tem se importado com a possibilidade de Riedel ter de dividir palanque com vários candidatos à Presidência, pois Riedel deve apoiar o candidato que o PSDB escolher das prévias, e Tereza Cristina seguirá Jair Bolsonaro em favor de sua reeleição.

O deputado federal conversa diretamente com o PSDB e com o chefe do partido no Estado, Reinaldo Azambuja, e segue o apoio recíproco do secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB). “Mesmo que ele tenha outras opções de alianças, a minha prioridade é que Riedel suba no palácio do Ciro Gomes [PDT].

Então, isso é algo que está sendo conversado entre a gente, não só o PDT conversa com o PSDB, o PT também está entrando nesse meio ”, pontuou o parlamentar.

OPÇÃO

Questionado sobre a opção dos tucanos se voltar para o lado da ministra Tereza Cristina (DEM), Dagoberto ressaltou que não há problema, desde que Riedel estabeleça total respeito às siglas e suba no palanque de cada um de seus candidatos.

“Isso não é um problema, o PDT ainda não tem um candidato ao Senado, exatamente porque não temos uma candidatura posta. Se eles apoiarem a Tereza Cristina, vão ter de levar em consideração o apoio ao presidente Bolsonaro [sem partido], se uma conversa com o PDT para recíproca, também terá de subir no palanque do Ciro Gomes, e eu acredito que eles vão até filiar o Riedel em partido menor para que ele abrace outras legendas ”, destacou.

“Estou alinhando com Reinaldo Azambuja e Riedel o apoio à sua candidatura ao governo em 2022, então eles me falaram que vão subir no palácio do Ciro, sem nenhum problema. Acredito que o PSDB não terá nenhum nome à Presidência, se formos olhar de uma maneira geral, dos governadores Eduardo Leite [PSDB] e João Doria [PSDB] não vão arriscar ficar sem mandato e possibilidade de se reeleger para apostar na Presidência ”, disse .

Articulações

Entrando no jogo político tucano, Dagoberto Nogueira falou sobre o convite feito por Reinaldo Azambuja para que alguém de sua equipe ocupasse algum cargo eletivo na Secretaria de Estado da Casa Civil, junto com o secretário Sergio de Paula (PSDB).

“Recebemos o convite para que o meu chefe de gabinete, Sérgio Roberto Castilho Vieira, fosse integrado à secretaria para auxiliar nas demandas. No entanto, ainda estamos pensando sobre a nomeação ”.

Sem base

Sem nomes fortes, o PDT no Estado segue na mesma linha que o PT e foca em fortalecer a base política da esquerda, mas com pessoas de ideologia mais pacífica e que não visem Lula como o candidato ideal para as vantagens de 2022. Atualmente, o partido trabalha para montar chapas proporcionais no Estado e para federal, mas se baseia na pré-candidatura de Ciro Gomes para engradecer a legenda no Estado.

“Reitero que hoje em dia o PDT está recebendo quem realmente concorda com as ideologias do partido e tope essa caminhada com a gente. Não quero passar por outra eleição igual em 2018, em que candidatos do PDT fazendo 'casa' para o Bolsonaro, ou gente que entra, se elege e depois sai. Estou montando a minha chapa de candidatos para deputados estaduais e federais, e espero que continue uma chapa pura, além de focar na campanha do Ciro Gomes ”, observou.

“Já fui procurado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e falei sobre as dificuldades de as partidos progressistas estabelecerem nomes nas candidaturas majoritárias, mas ainda estamos estudando nomes e analisando os cenários. Então, até o momento, não passa de conversa ”, pontuou.

CORREIO DO ESTADO