Partido quer apoio de Azambuja a Trad: "Se não fosse o PSD, Odilon era o governador"

08/08/2020 10h59 - Atualizado há 4 anos

Representante do prefeito na Câmara espera “ato de gratidão” de Azambuja

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Foto: Izaias Medeiros / Câmara Municipal

Yarima Mecchi

Líder do prefeito Marcos Trad (PSD) na Câmara Municipal de Campo Grande, o vereador Francisco Almeida Telles (PSD), o Chiquinho Telles, afirmou que, se não fosse a participação de seu partido na campanha de 2018, o governador de Mato Grosso do Sul não seria Reinaldo Azambuja (PSDB), mas, sim, o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira, que disputou o posto pelo PDT.

A declaração do vereador ocorreu após ele ser questionado se a união feita em 2018 deve se repetir em 2020.

De acordo com Telles, o prefeito não deve cobrar uma posição de Reinaldo Azambuja e nem do ninho tucano.

“Caso não fosse o apoio do Marquinhos, o governador seria o Odilon de Oliveira. Se não fosse o PSD, o Odilon era o governador. O Marquinhos não vai cobrar do PSDB”, disse.

Aliado de Trad, Chiquinho disse ainda que espera gratidão dos tucanos em relação ao trabalho feito em 2018. O vereador destacou que com o apoio de Trad foi possível Azambuja ganhar votos em Campo Grande.

“Ele perdeu em Dourados, na cidade do Murilo Zauith, vice dele. Ganhou em Campo Grande com o apoio do PSD. Eu sempre disse: a gente sempre espera que o PSDB retribua aquilo que o PSD deu nas eleições de 1º e 2º turno. Acredito que exista a gratidão na política”.

Conforme dados do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), no segundo turno de 2018, Azambuja teve 60.888 votos a mais que Odilon, 28.549 deles em Campo Grande.

Ao todo, o candidato tucano teve 677.310 votos (52,35%) e Odilon 616.422 (47,65%), uma votação apertada, com apenas 4,7% de diferença.

Procurado pelo Correio do Estado, o presidente estadual do partido e senador Nelson Trad Filho, eleito em 2018 na coligação de PSDB e PSD, afirmou que ambos partidos saíram ganhando com a aliança.

“Eu acho que uma parceria quando funciona dá certo para os dois lados. Realmente, o PSDB poderia não reeleger o governador, mas o PSD não elegeria um deputado e um senador. O resultado é bom para os dois lados”, disse, citando sua eleição e de seu irmão Fábio Trad, deputado federal pelo PSD.

Concorrente de Azambuja em 2018, o juiz federal Odilon de Oliveira disse considerar importante a atuação de Trad no pleito.

“O partido do Marquinhos levou muitos votos para o Azambuja. Ele ganhou muitos votos na Capital, quase metade dos votos a mais do segundo turno ele ganhou aqui”, ressaltou Odilon, afirmando que, mesmo com as diferenças em 2018, deve apoiar a reeleição de Trad.

CORREIO DO ESTADO