Para se tratar de câncer, Justiça suspende monitoramento eletrônico de Waldir Neves
Conselheiro do TCE-MS foi afastado do cargo por supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro
A Justiça aceitou o pedido de suspensão temporária do monitoramento eletrônico imposto ao conselheiro do TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul), Waldir Neves, afastado do cargo desde o dia 8 deste mês por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Ele foi tirado por seis meses da Corte Fiscal, junto com os também conselheiros Iran Coelho das Neves e Ronaldo Chadid, acusados pela Polícia Federal por suposta prática de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Os três usam tornozeleira eletrônica.
O juiz Alessandro Carlos Meliso Rodrigues foi quem concordou com o pedido da defesa do conselheiro para que o monitoramento fosse interrompido.
Waldir Neves afirmou que precisa de se submeter a um tratamento de urgência numa unidade de saúde, em São Paulo.
Consta na solicitação que Neves desenvolveu câncer de próstata. O pedido foi concordado também pelo Ministério Público.
O conselheiro compromete-se a usar a tornozeleira assim que passar pelo procedimento médico. Ele já viajou para São Paulo ontem, terça-feira (20).
De acordo com investigação conduzida pela Polícia Federal, os três conselheiros em questão estariam implicados num esquema de desvio de recursos públicospor meio de fraude em licitação que teria favorecido uma empresa de informática, a Dataeasy.
O conselheiro Iran Coelho das Neves, que antes da decisão do STJ presidia o TCE-MS, ingressou na semana passada com recurso contra o afastamento e uso da tornozeleira.
A corte, no entanto, ainda não definiu a questão.
CELSO BEJARANO
CORREIO DO ESTADO