Para Maia, origem da vacina contra Covid-19 não é importante, e sim a sua eficácia

08/12/2020 07h29 - Atualizado há 3 anos

Maia disse que uma proposta deve ser aprovada ainda nesta quinta-feira; “vamos avançar aqui, e o STF vai avançar também", afirmou

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Reprodução

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou do governo uma posição mais clara sobre o programa de imunização da população brasileira em relação às vacinas para combater a pandemia da Covid-19. Ele lembrou que o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a obrigatoriedade da vacina na próxima semana e disse que a Câmara também vai cumprir o seu papel nesse tema. “Vamos tomar uma decisão”, afirmou o presidente da Câmara.

Em entrevista à Globonews nesta segunda-feira (7), Maia disse que é preciso encontrar um caminho para que a Câmara não tome uma decisão isolada das decisões do governo. Maia informou que já solicitou aos parlamentares para construir um texto que dê segurança à sociedade brasileira em relação à imunização.

“O governo vai perder o controle desse assunto na sociedade. Quem tem condições vai para o Chile, vai para Portugal, vai para Londres. Quem não tem vai ficar sem uma vacina. O importante seria tomar uma decisão em conjunto. A sociedade não quer saber qual vacina, mas uma vacina confiável e aprovada pela Anvisa. Esse tema, talvez, seja o tema mais perigoso para o governo que pode desorganizar sua base”, ponderou Maia.

Votação na quinta-feira

Mais tarde, em entrevista coletiva, Maia disse que uma proposta deve ser aprovada ainda nesta quinta-feira. “Vamos avançar aqui, e o STF vai avançar também. O melhor caminho é que se faça de forma integrada. Deve tomar uma decisão, no meu ponto de vista, junto como governo, e deve tomar essa iniciativa rápida. E aprovar na quinta”, defendeu Maia.

“Queremos ter um plano, as pessoas que têm renda já pensam para onde vão viajar. É muito grave que o Brasil não defina um plano, não resolva de forma definitiva qual o caminho e como o governo vai trabalhar”, cobrou.

A Medida Provisória 1003/20 autoriza a adesão do Brasil à aliança global coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que reúne governos e fabricantes para garantir o desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19 e o acesso igualitário a ela.  Junto com a MP 1003/20, o governo editou a MP 1004/20, que prevê a liberação de R$ 2,5 bilhões para financiar os custos do ingresso do Brasil no Covax Facility.

Reportagem - Luiz Gustavo Xavier

Edição - Wilson Silveira

Fonte: Agência Câmara de Notícias