Odilon lança candidatura sem definição de chapa majoritária

23/07/2018 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Com possível desistência de Chico Maia ao Senado, PDT fica com buraco em composição

Liderando as pesquisas na preferência para a sucessão estadual, o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PDT) não tem o mesmo trunfo com as alianças partidárias. Saindo na frente com a convenção partidária, faltaram apoiadores para o pedetista. Ainda com a ata aberta e sem todos os aliados definidos, a sigla lançou chapa majoritária e concretizou o nome de Odilon como candidato ao governo do Estado, durante convenção no sábado (21), em Campo Grande.

Além do juiz concorrendo à administração do Estado, o deputado federal e presidente regional do partido, Dagoberto Nogueira, tenta a reeleição e nomes como o do vereador Odilon Junior, filho do juiz federal, e da Ritva Vieira, que ocupou o cargo de diretora-presidente da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Agereg) de Campo Grande, também surgem como opção para os eleitores montarem a bancada na Câmara.

“O Schmidt me convidou, o partido pediu. Creio ser importante usarmos de todos os mecanismos para fazermos, ao menos, um federal”, declarou Odilon Júnior, citando o coordenador de campanha do juiz, João Leite Schmidt. 

Como vice de Odilon, foi anunciado o nome do empresário Herbert Assunção Freitas (PDT), ex-secretário executivo da Fundação de Apoio à Pesquisa ao Ensino e à Cultura (Fapec).

A escolha do nome de vice-governador, conforme o juiz, foi técnica. “O requisito número um é técnica. O Herbert é conhecido já há muito tempo como uma pessoa técnica. Além do comprometimento dele com os interesses sociais”, declarou.

Para o Senado Federal, o PDT tem como candidatos a professora Leocádia Petri Lemos, filiada à sigla e ex-reitora da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems), e o ex-pecuarista Chico Maia (Podemos).

Os únicos aliados firmados apresentados na convenção são o Prós e o Podemos. Na sexta-feira (20), Chico Maia declarou considerar desistir da candidatura, mas só deve anunciar sua decisão no dia 30, durante a convenção do Podemos. Caso ele desista, o PDT já anunciou ter outros nomes para substituí-lo, mas, como antes, fez segredo de quem possa ser o substituto.

“Eu acho que ele não vai desistir, mas, se ele achar melhor, nós podemos substituí-lo, estamos conversando com outros partidos também. Eu não quero anunciar quais são os nomes, pois todas as siglas que falamos, o governador corre atrás e oferece o mundo, então não vamos fazer isso para correr risco”, disse Dagoberto, citando o chefe do Executivo e pré-candidato à reeleição, Reinaldo Azambuja (PSDB).

A professora Leocádia foi dada como certa por Odilon. “Ela está dando uma grande contribuição, colocou o nome à disposição, que foi homologado e ventilado neste ato”, declarou.

O PRB do senador Pedro Chaves continua em conversas com os pedetistas. Porém, com essa chapa anunciada ao Senado, talvez Chaves fique sem espaço.

Porém, Dagoberto declarou ainda ter lugar para o senador. “Estamos conversando com o Pedro Chaves e ele tem espaço. É muito bem-vindo”.

Questionado se a possível desistência de Chico Maia atrapalha o PDT, Odilon disse não saber o motivo que o levou a declarar a desistência. “Ele continua no projeto do PDT. Houve apenas conversas de que ele sairia e ele próprio deve ter, não sei porque motivo, anunciado ou feito algum comentário a respeito. Mas, pelo que consta, as tratativas com relação ao Podemos, continua em pé. Ele continua integrando essa força-tarefa. Sem ele, teriam outros nomes. Há outros nomes, sim, para o Senado, se Chico desistir”, informou.

Por YARIMA MECCHI E RENATA VOLPE HADDAD - Correio do Estado

 Foto: Álvaro Rezende / Correio do Estado