NOVO 8 DE JANEIRO: PT faz representação contra ato de Bolsonaro em São Paulo

21/02/2024 04h27 - Atualizado há 2 mêses

Partido alega que manifestação na avenida Paulista pode se transformar em novo 8 de janeiro

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04/10/2022 - Reuters/Adriano Machado

O diretório do Partido dos Trabalhadores (PT) de São Paulo apresentou representação ao Ministério Público do Estado (MP-SP) para pedir medidas de prevenção e investigação em relação à manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na capital, para o próximo domingo (25).

O PT alega que o ato pode desencadear um evento semelhante ao de 8 de janeiro.

No documento, assinado pelo presidente da legenda em São Paulo, deputado federal Kiko Celeguim, o partido pede que a Polícia Militar esclareça os protocolos e o contingente que será empregado na manifestação. Além disso, alerta e pede a abertura de investigação nas seguintes situações:

- Possíveis crimes que venham a ser cometidos contra o Estado Democrático de Direito no ato de 25 de fevereiro de 2024;

- Financiamento irregular dos atos, inclusive pela possibilidade de benefício de partidos políticos e pré-candidatos a partir de atos custeados por pessoas jurídicas, o que é vedado por lei;

- Eventuais ilícitos eleitorais, em especial: propaganda eleitoral antecipada, considerando a proximidade das eleições municipais de outubro.

A legenda afirma que no vídeo de convocação para o ato, feito por Bolsonaro, o ex-presidente menciona que busca se defender de acusações contra ele nos últimos meses. Para o PT, Bolsonaro se refere a investigações relacionadas ao 8 de janeiro.

O documento ainda menciona que os “apoiadores realizaram inúmeras manifestações públicas conclamando a realização de intervenção militar e o impeachment de ministros do STF [Supremo Tribunal Federal]”.

Diante disso, o partido acredita que o ato convocado para o dia 25 de fevereiro “possa ser utilizado novamente para atacar o Estado Democrático de Direito e para a promoção de propaganda eleitoral antecipada”.

O PT ainda cita a presença do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) no ato como o fator de preocupação devido ao mandante do Executivo ser o chefe da PM-SP.

Gabriela Prado da CNN