Nelsinho é o preferido em Campo Grande para o Senado

14/07/2018 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Pesquisa mostra o ex-prefeito com larga vantagem na preferência

Dos nove pré-candidatos a senador, a pesquisa do Instituto de Pesquisas de Mato Grosso do Sul Ltda. (Ipems) mostra o ex-prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad (PTB) liderando por larga vantagem a preferência do eleitor da Capital como pré-candidato ao Senado Federal. Se as eleições fossem hoje, ele teria 41,78% das intenções de voto no maior colégio do Estado, onde concentra 591.374 eleitores.

Com essa votação, em tese, o ex-prefeito estaria praticamente assegurado uma das duas vagas de senador. Isto porque dependerá muito do seu desempenho no interior do Estado para ampliar o número de voto.

O deputado federal e ex-governador José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, seria hoje o segundo preferido em Campo Grande, com 24,40% das intenções de voto. Ele estaria a 17,38 pontos porcentuais atrás de Nelsinho Trad.

Mas essa posição de Zeca do PT estaria sendo ameaçada pelo senador Waldemir Moka (MDB), seu primo. Com 13,15% das intenções de voto, Moka não está distante de Zeca, levando-se em consideração a margem de erro de 4,90 pontos porcentuais, para mais ou para menos, sobre o resultado total da amostragem. A diferença entre os dois é de 11,25 pontos.

Nelsinho Trad pretende entrar na disputa eleitoral colado na campanha da reeleição do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Como dirigente do PTB, ele acertou aliança com os tucanos, em troca de uma vaga de senador na chapa.

Já o Zeca é o petista com maior densidade eleitoral do partido em Mato Grosso do Sul. Ele está na chapa do pré-candidato a governador, o ex-prefeito de Mundo Novo Humberto Amaducci. Na pesquisa do Ipems, Amaducci tem apenas 1,47% das intenções de voto, bem atrás do seu parceiro Zeca, em busca de uma vaga de senador.

Moka encontra-se na chapa do ex-governador André Puccinelli (MDB), um dos principais nomes na disputa pela sucessão estadual. André vai empurrar Moka para a reeleição, tentando vincular o seu voto ao de senador.

Se Moka está no encalço do Zeca, ele não está longe dos outros seis virtuais concorrentes ao Senado, em razão da margem de erro de 4,90 pontos porcentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa do Ipems mostra dois nomes com desempenho surpreendente: a advogada Soraya Thronicke (Novo) e o procurador de Justiça Sérgio Harfouche (PSC).

Soraya recebeu 9,68% das intenções de voto, ficando 3,47 pontos porcentuais atrás de Moka. Ela estaria, com esse índice, tecnicamente empatada com Moka na corrida por uma das duas vagas de senador.

Na mesma situação, está Harfouche, com 8,90% das intenções de voto. Ele fica embolado com Moka e Soraya. A diferença dele para o senador do MDB é de 4,25 pontos porcentuais e 0,78 ponto atrás da advogada.

O senador Pedro Chaves (PRB), na busca da reeleição, recebeu 6,57% das intenções de voto em Campo Grande, ficando próximo de Harfouche, Soraya e Moka. Com diferença de 6,58 pontos atrás do seu colega de Senado, mostra empate técnico entre eles na disputa pela preferência do eleitor da Capital.

O produtor rural Chico Maia (Podemos) é outro que está embolado com seus virtuais concorrentes – do Moka para trás – com seus 5,92% das intenções de voto. A distância de 7,23 pontos atrás do senador do MDB indica, também, empate técnico por causa da margem de erro de 4,90 pontos para mais ou para menos.

Até o Dorival Betini (PMB), com 3,31% das intenções de voto, pode ser incluído nesse bolo dos virtuais correntes em razão da margem de erro. Na mesma situação, está o ex-secretário estadual de Infraestrutura Marcelo Miglioli (PSDB) com 3,02%.

Portanto, do Moka para trás a pesquisa do Ipems indica equilíbrio na disputa pela terceira vaga. Muito embora, essa posição não garante a eleição de nenhum deles, porque estão em jogo apenas duas vagas de senador.

A pesquisa aponta, por enquanto, os dois senadores – Moka e Chaves – correndo o risco de não se reelegerem, se não melhorem o desempenho durante a campanha eleitoral.

O levantamento do Ipems foi realizado com 400 eleitores de Campo Grande, nos dias 9 a 11 deste mês. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) sob o número MS 04673/2018, conforme dispõe a Resolução do TSE número 23.549/Eleições 2018.

FATO NOVO

A provável participação do ex-senador Delcídio do Amaral (PTC) nas próximas eleições, depois de sua absolvição por obstrução à Justiça, poderá mudar o tabuleiro político em Mato Grosso do Sul.

Delcídio é um dos nomes para concorrer, novamente, ao Senado, se conseguir liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendendo os efeitos da inelegibilidade decretada pelo Senado por causa da cassação do seu mandato.

O ex-senador está em Brasília tratando com os advogados a recuperação da sua elegibilidade. Se isso acontecer, será mais um político de peso concorrendo ao Senado.

Ele foi eleito duas vezes senador pelo PT. Agora, Delcídio está no PTC, aliado do ex-governador André Puccinelli.

Por Correio do Estado