Não vai ter golpe, grita público em ato em defesa de Lula e Dilma em SP

17/03/2016 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Um ato entitulado Pela liberdade democrática lota as dependências do Tuca, o teatro da Pontífícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo, na noite desta quarta-feira (16) e reúne um grande público do lado de fora. No início do evento, o público se levantou e começou a gritar Não vai ter golpe, em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nomeado ministro da Casa Civil pela presidente Dilma Rousseff.

O evento é organizado pelo Centro Acadêmico de direito da PUC-SP e o Fórum 21 e reúne artistas e juristas de esquerda e representantes de movimentos sociais. Muita gente não conseguiu entrar e ficou do lado de fora do teatro para acompanhar a transmissão por um telão.

Na abertura do evento, antes de o ator Sérgio Mamberti começar a falar, o público que estava dentro do teatro se levantou e começou a gritar Não vai ter golpe, canto repetido nas manifestações de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à presidente Dilma Rousseff.

Houve uma discussão verbal durante a fala do escritor Fernando Morais. Uma pessoa da plateia se manifestou contrária ao escritor e foi vaiada. O público chegou a pedir para que essa pessoa fosse retirada mas, segundo organizadores, ela seguiu participando do ato.

Lula fez muito bem em aceitar o convite, disse Fernando Morais. O cavalo depau que a Dilma deu convidando Lula para ir ao governo é o começo da virada. E eles sabem disso. Estão apavorados porque não esperavam que isso ia acontecer.

Não se trata de pessoas. O que eles temem é um projeto de nação que deu certo e tirou 40 milhões de pessoas da miséria. É por isso que querem dar o golpe. Não vamos permitir. Estaremos em vigília permanência. Não vai ter golpe.

Wagner Freitas, presidente da CUT, presente ao evento, disse que a divulgação do grampo telefônico de uma conversa entre Dilma e Lula foi mais um atentado à democracia. Temos que organizar nossos atos de rua e derrotar os golpistas na rua. Não é possível que se possa grampear o celular da presidente impunemente, afirmou Freitas.

O presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, também participou do evento. Ele afirmou que o vazamento do grampo telefônico comprovam que há a criação de um estado de exceção dentro do estado de direito.

A conversa que vazou só mostra que a presidenta Dilma Rousseff queria que o Lula assine o termo de posse. O resto é ilação, afirmou Rui Falcão pelo Twitter. Lula é o ministro da esperança, pois pode organizar as energias do País.

Democracia e direito dos trabalhadores estão sob ameaça, discursou Luis Carlos Bresser Pereira, ex-ministro da Economia. Querem dar o golpe na Dilma, uma presidente que não cometeu nenhum crime.

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