"Não sou apegado ao cargo", diz Marquinhos Trad sobre renúncia à prefeitura

26/12/2021 09h57 - Atualizado há 2 anos

Ele tem até 2 de abril para renunciar ao cargo se quiser concorrer ao cargo de governador; quem assumir seria sua vice-prefeita, Adriane Lopes (Patriota)

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- Arquivo / Correio do Estado

Gabrielle Tavares

As especulações políticas estão a todo vapor em véspera de ano eleitoral e em Campo Grande, a renúncia de Marquinhos Trad (PSD) à prefeitura, para concorrer ao cargo de governador, ainda é incerta.

Trad já foi confirmado como pré-candidato pelo presidente de seu partido, Gilberto Kassab, em outubro, mas a indicação para o representante estadual do PSD nas atualizações de 2022 ainda não foi oficializada.

Para isso, o representante municipal teria de abandonar o mandato renovado no ano passado. "Não sou apegado ao cargo, desde quando eu entrei, eu sabia que ele tem início e fim", disse ao Correio do Estado.

Ele tem até 2 de abril para a decisão. Neste cenário, quem assume a prefeitura é seu vice, Adriane Lopes (Patriota).

Questionado sobre as chances de ficar sem cargo político com uma possível derrota, Marquinhos alegou que "tem um diploma", e que voltaria a advogar.

"Sou advogado, tenho meu diploma, sou professor, sempre vivi sem precisar de cargo público. Vou advogar, vou fazer o que sempre fiz".

Levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Resultado (IPR), em 26 municípios de Mato Grosso do Sul, apresentado Marquinhos na liderança para assumir o Governo do Estado , com 27,29%.

Em seguida está André Puccinelli (20,87%); Zeca do PT (12,69%); Rose Modesto (10,46%) e Eduardo Riedel (2,38%).

O ex-governador Zeca do PT é líder em rejeição, com 33,07%. O segundo mais rejeitado é o André Puccinelli, com 16,10%.

Marquinhos, ao comentar o estudo eleitoral, disse no mês passado que sua vantagem teria a ver com a "vontade da população" campo-grandense.

O atual governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB) teve apoio de Trad em sua reeleição, em 2018, e Marquinhos, quando concorreu ao segundo mandato, em 2020, teve uma candidatura abraçada pelo Azambuja.

Harmonia política que já mostra sinais de rompimento , após alegação de Marquinhos de que refutaria, por enquanto, composições com os ex-governadores Zeca do PT, André Puccinelli, do MDB, e ainda com Azambuja.

O governador reagiu à fala e disse que na política, as alianças “a gente faz com quem gosta da gente”.

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