MS conta, agora, com 4 integrantes no grupo de transição de Lula; indígena é o novo convocado
Eloy Terena, advogado, nascido em aldeia de Aquidauana será da equipe técnica sobre povos originários
A equipe de transição do eleito presidente Lula já conta com quatro integrantes daqui de Mato Grosso do Sul. O novo convocado, cujo nome será oficializado amanhã, sexta-feira (18), é o advogado Eloy Terena, indígena nascido em aldeia de Aquidauana, cidade distante 141 quilômetros de Campo Grande.
Terena chefia a assessoria jurídica da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). Ele é doutor em Antropologia pelo Museu Nacional (UFRJ) e pós-doutor pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), casa educacional de Paris, França.
Eloy Terena é, também, um dos nomes cotados para comandar o novo ministério prometido por Lula, o ministério dos Povos Originários.
Em recente discurso, Lula falou sobre o ministério em Convenção Mundial do Clima, a COP-27, evento promovido no Egito.
“Vamos criar o Ministério dos Povos Originários para que os próprios indígenas garantam a sua segurança, paz e sustentabilidade. Os povos originários devem ser protagonistas de sua preservação”.
Ainda pequeno, Eloy veio com a família, a mãe e uma irmã, apenas, para Campo Grande, onde frequentou escolas públicas.
Além do indígena já compõem a equipe de transição de Lula, que trabalha desde a semana passada, em Brasília, a senadora sul-mato-grossense Simone Tebet, do MDB.
A parlamentar, também cotada para assumir um ministério no governo de Lula, o da Cidadania, um deles, integra a equipe que cuida de programas ligados à assistência social.
O ex-deputado federal João Grandão, do PT, ingressou na equipe que atua em projetos voltados ao desenvolvimento agrário. Também compõe a transição de governo de Lula a socióloga Aparecida Gonçalves, a Cida Gonçalves, petista que participou do governo de Zeca do PT e que foi ex-secretária Nacional da Violência contra a Mulher.
A transição de governo ocorre até perto do fim de dezembro e é um procedimento em que o atual governo passa as informações da gestão ao governo eleito, que também planeja o que deve fazer nos próximos quatro anos, a partir de janeiro de 2023.
CELSO BEJARANO
CORREIO DO ESTADO