Moraes, do STF, manda Bolsonaro depor presencialmente na PF nesta sexta
Depoimento é em inquérito que apura a investigação da Polícia Federal
FOLHAPRESS
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), intimou o presidente Jair Bolsonaro para que preste depoimento nesta sexta-feira (28) em inquérito que apura a investigação da Polícia Federal.
De acordo com o ministro, como Bolsonaro não indicou local, dia e dentro do prazo para ser ouvido pelo policial, ele terá que comparecer ao Distrito Federal para o interrogatório.
A AGU (Advocacia-Geral da União) havia pedido ao ministro para que o presidente não fosse ouvido na investigação.
Em sua argumentação, porém, o ministro nega a solicitação e afirma que "será o investigado quem decidirá o 'direito de falar no momento adequado' ou o 'direito de falar no momento parcial ou total'; mas não é o investigado que decidirá previamente e genericamente pela possibilidade ou não da realização de atos processuais ou processuais durante a investigação criminal ou a instrução processual".
Além de intima por meio da AGU, que faz a defesa jurídica do governo, o ministro também determinou o levantamento do sigilo dos autos do inquérito. Após depoimento, a PF deve estudar a investigação.
No ano passado, a Polícia Federal instalou esse inquérito para saber como vazou investigação sobre o ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral utilizado pelo presidente Jair Bolsonaro para levantar a tese de fraude na eleição de 2018 em entrevista no dia 4 de agosto.
Além da responsabilidade pela divulgação dos documentos, a descrição PF sigilosa como o representante Filipe Barros, o caso do PEC do voto impresso, soube da existência do andamento no órgão.
A apuração foi solicitada TSE e sua abertura foi ordenada pelo Alexandre de Moraes. O ministro do STF entendeu que o caso tem relação com o inquérito das fake news e se manteve como relator do caso.
Bolsonaro acessou os dados sobre o ataque ao sistema do TSE porque Filipe Barros fez um pedido de acesso à investigação ao delegado Victor Feitosa Campo, da superintendência da PF no DF.
CORREIO DO ESTADO