Mesmo com bancada reduzida, PSDB quer manter presidência da Câmara na Capital

17/11/2020 08h41 - Atualizado há 4 anos

Segundo o governador, Azambuja, e o presidente da sigla, Sérgio de Paula, o partido saiu mais fortalecido nestas eleições

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Álvaro Rezende/Correio do Estado

Flávio Veras

O PSDB pretende permanecer à frente da Câmara de Vereadores de Campo Grande. No entanto, os caciques tucanos como o presidente estadual da sigla, Sérgio de Paula e o governador, Reinaldo Azambuja, afirmaram, nesta segunda-feira (16), que a manutenção do comanda da Casa dependerá da articulação junto ao prefeito reeleito, Marcos Trad (PSD), bem como vereadores eleitos por partidos aliados.

A sigla tinha oito cadeiras na Câmara, porém nessas eleições de 2020, viu esse número cair para quatro. Porém, segundo de Paula - como já adiantado ao Correio do Estado em entrevista antes das eleições - esse percentual ficou dentro da expectativa, pois foi a primeira vez que um pleito no Brasil teve a disputa majoritária, ou seja, cada partido não dependeu das coligações, mas sim dos votos conquistados por cada legenda.

“Nosso partido fez 234 vereadores em todo o estado, prefeito elegemos 37, uma, a mais do que tínhamos, que era 36. Esses números mostram que o partido continua como sendo o mais forte de Mato Grosso do Sul. Em relação à disputa pela presidência da Câmara da Capital, iremos articular essa viabilidade, pois elegemos figuras importantes dentro do partido, como a reeleição do atual presidente da Casa, professor João Rocha, e João César Mattogrosso, além do professor Juari. Portanto, temos a possibilidade de buscar novamente a presidência da Mesa Diretora”, projetou.

O Governador Reinaldo Azambuja adotou a mesma linha de Paula. Ele enalteceu que dos 79 municípios, 50 tiveram prefeito ou vice-prefeitos filiados ao partido. Além disso, Azambuja afirmou que legendas aliadas, como em Campo Grande, também saíram vitoriosas nas urnas. “Como de Paula observou, nós tivemos redução da nossa bancada. No entanto, esse fato não demonstra que enfraquecemos, pelo contrário. Da nossa coligação, que apoiou a atual reeleição do Marcos Trad, conseguimos eleger 16. Ou seja, a bancada continua forte. Política não se faz sozinho, e essa eleições, com essas novas regras, nos mostrou ainda mais a importância de se fazer política de coalizão”, avaliou.

E complementou a informação dizendo que “respeitamos a democracia e, por esse motivo, soubemos buscar apoio e dar o nosso aval nas praças onde entendemos que seria a melhor opção, que foi o caso da Capital. Estamos hoje a frente do Governo porque recebemos muito apoio de nossos aliados em 2018 e, por isso, fomos gratos a esse fato neste ano. Agora é buscarmos continuar com esse bom relacionamento com todas as legendas e continuarmos forte em Campo Grande e no Estado.”

Eleições 2022

Perguntado se já haveria um nome para a disputa ao Governo de Mato Grosso do Sul nas eleições de 2022, Sérgio de Paulo foi categórico e avalizou o nome de atual secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, como também já adiantado na mesma entrevista ao Correio do Estado.

“Nós já trabalhamos com o nome do Riedel. Nessa campanha ele percorreu mais de 70 municípios em todo o Estado e conhece a situação e a necessidade de cada um deles. Além disso, dentro do Governo é a pessoa que viabiliza projetos e convênios para fomentar investimentos em Mato Grosso do Sul. Portanto, conhece a máquina pública como ninguém e, por esse motivo, trabalhamos ele como já nosso pré-candidato em 2022. Porém, essa opção será articulada dentro do nosso partido, para depois batermos o martelo”, explicou.

No entanto, o Azambuja foi mais pragmático ao confirmar o nome de Riedel, mas também falou que ele é forte dentro do partido para essa disputa. “O Riedel é sim uma figura importante para concorremos ao Governo do Estado em 2022. Porém, essa decisão precisa ser muita amadurecida dentro do partido, pois também temos outros, bem avaliados, que podem se colocar para a essa disputa. Além disso, como já disse, política não se faz sozinho e precisamos também conversar comas siglas aliadas. Portanto, esse trabalho será construído dessa forma, seguindo todos os ritos democráticos”, finalizou.

CORREIO DO ESTADO