Marina Silva diz que Lava Jato pode estar sendo sabotada

27/07/2017 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Em meio às ameaças de refluxo da Lava-Jato, a ex-senadora e presidenciável Marina Silva (Rede) fez uma defesa enfática da operação anticorrupção – a qual, em sua opinião, parece estar sendo sabotada - e do afastamento de Michel Temer.

Em entrevista ao programa do jornalista Roberto D’Avila, da “GloboNews”, Marina afirmou que o “melhor gesto” que se pode fazer para sair da crise, em vez de um grande pacto entre as maiores lideranças partidárias, é a Câmara dos Deputados aceitar que a denúncia da Procuradoria Geral da República contra Temer, por corrupção passiva, seja julgada pelo Supremo Tribunal Federal, tirando o presidente do poder.

Para a ex-senadora, os parlamentares precisam atender a vontade da maioria da população, já que, de acordo com levantamento de opinião, 94% dos brasileiros não querem a permanência do pemedebista no Planalto. “O Congresso tem que atender a sociedade. O melhor pacto que se pode fazer, o melhor sinal, é fazer o que a sociedade está querendo. A sociedade não quer o governo que está aí”, disse.

Em diversos momentos da entrevista, como pontuou o jornal Valor, Marina buscou fazer a defesa da operação. “Temos que persistir no trabalho da Lava-Jato. O que estão tentando no Congresso é algo muito perigoso como disse o próprio [juiz] Sergio Moro”, afirmou, numa referência à reação legislativa para cercear a operação. Marina qualificou a Lava-Jato como uma das “maiores contribuições que vem sendo dada ao Brasil depois da redemocratização”, pois mostra que “ninguém está acima da lei”.

POR NOTÍCIAS AO MINUTO