Manifestações pró e contra Bolsonaro irão ocorrer a menos de 1km de distância
Protestos estão previstos para o próximo dia 29
Um quilômetro. Essa é a curta distância que irá separar no dia 29 duas manifestações contrárias e favoráveis ao candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, na Avenida Afonso Pena, região central de Campo Grande.
A concentração do grupo contrário a Bolsonaro vai ocorrer na Praça Ary Coelho, enquanto que o grupo que é a favor vai se reunir na praça do Rádio Clube, ambos às 16h.
Os movimentos são organizados através das redes sociais e foram motivados pela polêmica e mobilização na internet após Bolsonaro ser esfaqueado no último dia 6, em Juiz de Fora (MG), e resultados de pesquisas eleitorais que apontam a derrota do polêmico presidenciável no segundo turno para a maioria dos concorrentes, apesar dele liderar todos os cenários no primeiro turno do pleito que acontece no dia 7 de outubro.
De acordo com a organização do grupo contra o presidenciável, que até a publicação desta reportagem tem 1,7 mil pessoas confirmadas, as mulheres que irão se vestir de roxo ou lilás compartilhando a #ELENÃO. Na página da rede social a organização defende os motivos para o protesto. “Devemos falar por nós mesmas e nos organizarmos com respeito e sororidade”, disse a organização em nota na rede social. Ainda de acordo com a organização, homens e crianças serão bem-vindos na manifestação.
No entanto, a organização do grupo que é a favor do Bolsonaro, justifica o que o ato, é para apoiar o candidato das ofensas do grupo rival. “As mulheres de bigode e suvaco cabeludo, resolveram criar um evento contra o Bolsonaro. É óbvio que, nós Mulheres da opressão não íamos ficar de fora. Então, criamos o evento, no mesmo dia que elas, porque não somos obrigada a nada”. Nesse grupo, 460 pessoas foram confirmadas.
POLICIAMENTO
Ao Correio do Estado, o comandante da Polícia Militar, Waldir Ribeiro Acosta, disse que sempre quando há manifestações na cidade, o efetivo da Polícia Militar aumenta para acompanhar os manifestantes e evitar qualquer tipo de confronto. No entanto, Acosta disse que até o momento, a Polícia Militar não recebeu nenhuma notificação para qualquer tipo de manifestação nos próximos dias.
Por BRUNA AQUINO - Correio do Estado
Foto: Álvaro Rezende/Correio do Estado