Mais uma senadora de MS é cogitada para entrar na corrida presidencial

01/08/2022 09h11 - Atualizado há 1 ano

Soraya Thronicke (União Brasil), que substituiu o deputado federal Luciano Bivar (PE), pode ser a segunda sul-mato-grossense a disputar a presidência

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Divulgação

Mato Grosso do Sul pode ter as suas duas senadoras na corrida presidencial com a indicação de Soraya Thronicke, do União Brasil, para substituir o deputado federal Luciano Bivar (PE), chefão do partido, que retirou a sua pré-candidatura.

A outra senadora na disputa presidencial é Simone Tebet, do MDB, que já teve a sua candidatura homologada pela convenção nacional do partido.

Bivar avisou o seu partido que saiu da disputa presidencial atendendo a um pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. A proposta é fazer aliança com PT.

A decisão não agradou a ala do DEM, que faz parte do União Brasil, ligada ao ex-prefeito de Salvador é favorito nas pesquisas na disputa pelo governo da Bahia, ACM Neto.

Ele resiste a ideia do partido apoiar Lula e até uma grande parcela do União Brasil aceita subir no palanque do petista.

O vice-presidente do União Brasil, Mendonça Filho (PE), confirmou ao O Globo a desistência de Bivar e indicou as alternativas do partido. Ele não apontou apoio a Lula como opção.

A neutralidade e candidatura própria são o caminho em discussão no partido.

“Com a desistência de Bivar e a sua candidatura a deputado por Pernambuco, caberá a executiva do partido encontrar uma saída. Temos que ver se passará por uma candidatura própria ou uma não candidatura. Vejo esses dois caminhos. E não vejo caminho com o PT”, afirmou Mendonça, oriundo do DEM.

Em conversas com integrantes da direção do União Brasil, Luciano Bivar defendeu o lançamento da senadora Soraya Thronicke para substituí-lo na corrida presidencial por falta de consenso de apoio a Lula. Soraya era a vice de Bivar.

Mas a maioria do União Brasil prefere a neutralidade, já que nos Estados o partido está dividido entre apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro, do PL, e a Lula.

Mesmo com esse racha, Soraya será o nome na mesa do partido para a sucessão presidencial se o partido não encontrar outro caminho.

Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, base eleitoral de Soraya, grande parte do partido apoia Bolsonaro. Já em Mato Grosso, o governador Mauro Mendes, que concorre à reeleição, vai apoiar Bolsonaro.

Assim acontece em Rondônia, onde o governador Coronel Marcos Rocha é simpático ao atual presidente da República. Em Goiás, o governador Ronaldo Caiado, prefere Bolsonaro e é antipetista.

Lula quer apoio do União Brasil

Lula trabalhou intensamente para tirar Bivar da disputa eleitoral e fechar aliança com União Brasil para atrair apoio de uma parcela do eleitor conservador.

Bivar se retirou da disputa, mas não garantiu apoio do partido a Lula por falta de entendimento.

CORREIO DO ESTADO