Instagram pune Regina Duarte por compartilhar publicação de procurador de MS
Ao clicar na opção de "seguir", no perfil da atriz, a plataforma alerta para o compartilhamento de informações falsas feitos pela atriz
Uma das maiores redes sociais de fotos da atualidade, o Instagram, puniu a atriz Regina Duarte, 76, por publicar muitas notícias falsas na plataforma.
Ao clicar na opção de "seguir", no perfil da atriz, a plataforma faz um alerta: “Essa conta publicou repetidamente informações falsas que foram analisadas por verificadores de fatos independentes ou que eram contra nossas Diretrizes da Comunidade”.
O motivo da punição foi o compartilhamento de um vídeo, de Felipe Marcelo Gimenez, procurador de Mato Grosso do Sul, em que ele questionava a vitória de Lula sobre Jair Bolsonaro no segundo turno das Eleições Majoritárias de 2022.
A tese do procurador, com a qual Regina Duarte indicou compactuar, era de que Lula teria sido escolhido por meio de uma ação envolvendo o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral.
Na mesma semana, Regina havia feito postagens com desinformação da crise dos yanomamis e uma outra questionando as vacinas.
“Eu me preocupo com que sejamos sujeitos à obrigatoriedade de tomar mais uma vacina. Então já não ficou provado que vacinas não impedem contágio nem consequências maléficas aos nossos organismos? Prefiro a liberdade de confiar em estimulantes e revigorantes da capacidade de minha defesa, ou seja, da capacidade imunológica do meu organismo”, escreveu a atriz.
Apesar das punições, as polêmicas de Regina Duarte nas redes sociais não cessaram.
Nesta quinta-feira (2), a atriz se desculpou após compartilhar a fala xenófoba do vereador Sandro Fantinel, agora expulso do Patriota, que ofendeu os trabalhadores encontrados há seis dias em condição análoga à escravidão na vizinha Bento Gonçalves, durante sessão da Câmara Municipal de Caxias do Sul (RS) realizada na última quarta-feira (1º).
Fantinel deu a entender que os homens, na sua maioria baianos, são preguiçosos e sujos. O vereador também minimizou a exploração dos trabalhadores por parte dos empresários e perguntou se as empresas terão que colocá-los em "hotel cinco estrelas".
"Agora o patrão vai ter que pagar empregada para fazer a limpeza todo dia para os 'bonitos' também? Temos que botar eles em hotel cinco estrelas para não ter problema com o Ministério do Trabalho?", questionou Fantinel
Ele aconselhou os empresários da região a não contratarem baianos: "Com os baianos, que a única cultura que têm é viver na praia tocando tambor, era normal que fosse ter esse tipo de problema".
Fantinel se referiu à operação do Ministério Público do Trabalho que encontrou 215 trabalhadores em situação análoga à escravidão na cidade de Bento Gonçalves. Eram contratados de uma empresa terceirizada que fornecia mão de obras para grandes vinícolas da região.
Segundo denúncias, os homens eram mantidos nas empresas contra a vontade, viviam submetidos a jornadas exaustivas, recebiam comida imprópria para consumo, só podiam comprar produtos em um mesmo estabelecimento, com desconto salarial e preços elevados. Assim, nunca conseguiam pagar as dívidas com o empregador.
Vários deles narraram tortura com armas de choque e spray de pimenta.
Regina Duarte disse que mudou de opinião após receber outras interpretações e buscar mais informações sobre o assunto.
"Volto agora para um pedido de desculpas por ter abordado um assunto de que não tinha embasamento suficiente. Quem me conhece e me segue aqui sabe que não seria nunca do meu feitio apoiar xenofobia, preconceito e injustiça social", disse a atriz.
A atriz afirmou que é filha de uma gaúcha e de um cearense que viajou de pau de arara para o nordeste. Ela alfinetou a existência de políticas assistenciais ao dizer que seu pai lutou por melhores condições de vida "num tempo em que não havia bolsa família".
Regina confessou que compartilhou o vídeo sem saber do que o vereador falava.
"Ao assistir o vídeo dele eu senti que era a fala um agricultor defendendo seu trabalho de contribuir para diminuir o desemprego no país".
Com informações de: Folha.
ALANIS NETTO, FOLHA PRESS
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