Indícios contra Aécio e Eduardo Paes são tirados da Lava Jato
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, garantiu que a segunda solicitação de abertura de inquérito contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), não tem relação com a Operação Lava Jato.
Na semana passada, ele já havia feito isto com relação ao primeiro pedido da Procuradoria-Geral da República contra o tucano, de acordo com o Globo. O caso então foi remanejado para outro ministro, Gilmar Mendes.
Além de Aécio, Teori agora quer que outra frente da investigação seja enviada ao colega. O segundo pedido de inquérito que também atinge o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).
Na última quarta-feira (11), Gilmar Mendes determinou a abertura do primeiro inquérito contra Aécio, a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Porém, menos de 24 horas depois, o ministro suspendeu as investigações contra o tucano, alegando que os argumentos apresentados pela defesa foram contundentes. Caberá ao presidente da corte, ministro Ricardo Lewandowski, decidir se o segundo pedido de investigações contra Aécio será também destinado a Gilmar.
“Diante da correlação direta dos fatos narrados neste procedimento com aqueles descritos em inquérito redistribuído nesta data, submeto o caso à Presidência desta Corte, para análise de possível redistribuição do presente procedimento ao ministro Gilmar Mendes”, escreveu Teori no despacho.
As novas supeitas contra Aécio, Paes e Sampaio tratam de camuflagem de dados do Banco Rural para esconder o mensalão mineiro. Segundo Teori, esse caso tem ligação com o inquérito aberto por Gilmar contra Aécio, sobre desvios de dinheiro em Furnas para o pagamento de propina ao tucano.
A PGR pediu a abertura dos dois inquéritos a partir de indícios surgidos na delação premiada do ex-senador Delcídio Amaral (sem partido-MS). Indo contra o que Janot alegou, para Teori, nenhum dos casos tem relação direta com o esquema de corrupção na Petrobras.
POR NOTÍCIAS AO MINUTO