Indiciado em escândalo sexual, Alceu Bueno renuncia ao cargo de vereador
Alceu Bueno (sem partido, ex-PSL) agora é ex-vereador. A carta de renúncia dele foi lida por volta das 9h30 desta terça-feira (28), logo depois do início da primeira sessão plenária da semana na Câmara Municipal de Campo Grande.
No começo da manhã, por mensagem, Alceu Bueno havia dito ao Jornal Midiamax que não renunciaria. No entanto, minutos antes do início da sessão, o presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar (PMDB), disse que aguardava os advogados do até então vereador com a carta de renúncia.
Alceu Bueno não apareceu na Câmara. Na carta, citou investigação na qual é alvo, indiciado por favorecimento à prostituição ou de outra forma de exploração sexual de vulnerável. a Polícia Civil tem vídeo no qual afirma ser possível reconhecê-lo praticando sexo com duas adolescentes mediante pagamento.
A carta de renúncia foi lida pelo primeiro-secretário da casa, Delei Pinheiro (PSD). Em resumo, Alceu Bueno, além de citar a investigação policial e pedir a renúncia, finaliza alegando que vai comprovar a própria inocência.
No documento, Alceu Bueno também diz ter sido responsável por denunciar à polícia o caso no qual foi envolvido, e que foi vítima de extorsão. Disse estar renunciando para ter tranquilidade para se defender – nesta terça, a Câmara abriria comissão processante para analisar eventual quebra de decoro por parte do então parlamentar, o que poderia resultar em cassação de mandato.
O caso no qual Alceu Bueno está envolvido resultou, até o momento, na prisão de três pessoas: Fabiano Viana Otero, Luciano Pageu e o ex-vereador Robson Martins. O ex-deputado estadual Sérgio Assis (ex-PSB) também foi indiciado pelo mesmo motivo do agora ex-vereador, já que também teria mantido relações com as jovens.
Os três presos teriam arquitetado um esquema para extorquir dinheiro de políticos e pessoas consideradas figuras públicas em Mato Grosso do Sul. Assim, agenciavam encontros sexuais com as adolescentes, que registravam tudo em câmeras escondidas para, depois, o material ser usado em chantagens e extorsão.
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