Governo teme que novas revelações atrapalhem votação de denúncia

14/07/2017 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Ao mesmo tempo em que a vitória na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, com a rejeição do relatório que aprovava a denúncia contra Michel Temer, era recebida com ânimo pelo governo, uma preocupação vinha à tona, nessa quinta-feira (13): a votação desta mesma denúncia, em plenário, no dia 2 de agosto.

O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, após reunião com líderes partidários, que definiu o rito e o calendário da votação.

“No acordo de data, tanto a base quanto a oposição entenderam que era o melhor dia”, disse Maia.

A ideia do Planalto era votar o processo antes do recesso parlamentar, que começa no próximo dia 18 e segue até o dia 31. O receio é de que, até agosto, surjam novos fatos, que compliquem ainda mais a vida do presidente.

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As possíveis delações do ex-deputado Eduardo Cunha e do doleiro Lúcio Funaro são a maior preocupação. Temer está visivelmente cansado. Há um esgotamento físico de todo esse processo. Ele sabe que o risco em agosto é bem maior, reconheceu um interlocutor.

Além de tudo isso, de acordo com informações do jornalista Gerson Camarotti, há ainda a contrariedade gerada entre os interlocutores de Temer e Maia, que bateu o pé e se negou a reduzir o quórum para o início da votação de 342 para 257 deputados, como queria o governo.

Imagem Agência Câmara

POR NOTÍCIAS AO MINUTO