Governo do Estado deve começar a fazer mudanças até dezembro
O secretário de Governo de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, admitiu possíveis mudanças pontuais no período de transição do governo, mas não revelou quais e quantos nomes das secretarias serão trocados.
Um dia após ter sido reeleito para mais quatro anos como chefe do Executivo, Reinaldo Azambuja (PSDB) comentou sobre mudanças de secretários. “Governo novo, novos nomes. Vamos reciclar, mas não vamos partidarizar”.
Na ocasião, Azambuja informou não ter a intenção de diminuir pastas, mas pretende enxugar gastos e cortar ao máximo cargos comissionados.
Ele falou também, no mês passado, sobre a estratégia que pretende utilizar para tentar economizar. “Investir em Tecnologia de Informação (TI). Pretendemos mexer em pastas, diminuir cargos de comissão. Vamos usar servidores efetivos, o que der para fundir vamos fazer, gastar menos com o governo e mais com as pessoas”, declarou.
Na primeira gestão de Azambuja, em 2014, eram 15 secretarias e ele decidiu diminuir para dez. Depois da sua declaração e sem revelar os nomes, as especulações sobre a troca de secretários cresceram na última semana.
Em entrevista à imprensa sul-mato-grossense, Riedel quis deixar claro que o governador falou que teria mudanças pontuais. “Tem de lembrar que nosso governo é absolutamente enxuto, somos 10 secretarias”.
O secretário informou que, quando Azambuja se manifestou sobre reforma administrativa, é para melhorar ainda mais o governo. “Muito se especula em torno de nomes, secretarias, mas não há nenhuma mudança definida nesse sentido. Os secretários vão concluir o ciclo do governo, o time que tocou o governo com Azambuja nos primeiros quatro anos permanece até o fim da gestão, e não há nenhuma discussão em que pese toda a especulação”.
Riedel considerou naturais as especulações. “Mas é bom deixar claro que não há neste momento absolutamente nada definido nesse sentido. Até peço que vocês [imprensa] nos ajudem, porque todos têm fontes e elas alimentam situações especulativas. É importante que a imprensa absorva a informação clara, falada pelo governador, de que não há nada definido”.
Porém, o secretário comentou ter uma discussão interna. “Está sendo feita uma crítica positiva, construtiva, no sentido de atuar pontualmente onde haja necessidade”.
Ele afirmou que onde houver necessidade e entendimento por parte do governador que seja preciso uma mudança pontual, ele vai fazer no momento apropriado, mas não disse se será apenas no próximo ano que serão anunciadas essas alterações. “Existe um período de transição. Tem de estruturar essa situação, sendo uma transição para o próprio governador reeleito, e uma eventual mudança ele vai comunicar no momento apropriado”.
Riedel contou que o governador não disse a ele sobre esse processo de troca. “As discussões estão ocorrendo e em uma análise sobre o que podemos melhorar”.
Com relação ao senador Pedro Chaves (PRB) assumir a secretaria de Educação no lugar da atual secretária, Maria Cecília Amendola da Motta, e o deputado federal Geraldo Resende (PSDB) ser o futuro secretário de Saúde, assumindo o lugar de Carlos Alberto Coimbra, Riedel disse não ter nenhum nome definido.
Um dos cotados para deixar uma das secretarias é Jaime Verruck, titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).
As especulações são de que Verruck deixará a Semagro para trabalhar em Brasília, ao lado da deputada federal Tereza Cristina, futura ministra da Agricultura.
A deputada disse não ter feito nenhum convite e Verruck confirmou.
A fusão deve acontecer com a Secretaria de Cultura para a pasta de Educação. Athaide Nery, secretário de Cultura, não atendeu às ligações da reportagem para falar sobre a possibilidade.
Por RENATA VOLPE HADDAD E DANIELLA ARRUDA - CORREIO DO ESTADO