Gerson Claro fica mais perto da presidência e tucanos brigam por primeira-secretaria

19/12/2022 09h09 - Atualizado há 1 ano

A possibilidade de os deputados reeleitos Jamilson Name e Paulo Corrêa disputarem o cargo aumentou consideravelmente

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Foto: TV ALEMS

Na reta final para o encerramento da atual legislatura da Assembleia Legislativa – a última sessão deste ano ocorrerá na próxima semana –, o consenso para que o deputado estadual reeleito Gerson Claro (PP) seja o novo presidente da Casa de Leis está bem próximo.

Por outro lado, a disputa pela primeira-secretaria está muito acirrada entre os deputados estaduais reeleitos Jamilson Name e Paulo Corrêa, ambos do PSDB.

Segundo apuração feita pela reportagem do Correio do Estado, nos últimos dias, as articulações para a escolha de Gerson Claro foram intensificadas, tendo o colega de partido deputado estadual reeleito Londres Machado como principal articulador.

A definição pelo parlamentar do PP seria uma forma de rejuvenescer o comando da Assembleia Legislativa, sem, no entanto, deixar de contar com o apoio dos deputados estaduais mais experientes.

Além disso, com Gerson Claro presidindo a Casa de Leis, o governador eleito Eduardo Riedel (PSDB) estaria mais à vontade para não contemplar nenhum nome do PP no seu secretariado, cujos indicados que faltam devem ser anunciados na próxima semana.

Outro ponto é que o PSDB estaria agradando a presidente estadual do PP, senadora eleita Tereza Cristina, que foi peça fundamental na campanha eleitoral vitoriosa de Riedel ao governo.

No entanto, caso o cenário de apoio ao nome de Gerson Claro para presidente da Assembleia Legislativa sofra alguma alteração durante o recesso e com a posse dos novos parlamentares, o decano Londres

Machado estaria disposto a assumir o cargo para apaziguar os ânimos dentro da Casa de Leis. Fontes próximas ao deputado revelam que a intenção dele seria deixar o comando para os mais novos, porém, para evitar um racha, toparia mais uma vez assumir a presidência em último caso.

Negociações

Se a definição sobre o futuro presidente da Assembleia Legislativa já está encaminhada, a escolha do nome para comandar a primeira-secretaria segue indefinida, sabendo-se apenas que o cargo ficará mesmo com o PSDB.

No entanto, nem Jamilson Name nem Paulo Corrêa abrem mão de ser o escolhido, contribuindo dessa forma para que a contenda seja definida por meio de votos.

De acordo com fontes ouvidas pelo Correio do Estado, apesar de toda experiência de Paulo Corrêa na Casa de Leis, a balança estaria pesando para o lado de Jamilson Name também, pelo mesmo motivo que o cargo de presidente está pendendo para o lado de Gerson Claro: o rejuvenescimento no comando do Legislativo estadual.

Name estaria conseguindo aglutinar muitos nomes em torno da sua candidatura.

Dos 24 deputados estaduais, entre eleitos e reeleitos, Jamilson Name já teria o apoio de pelo menos 12 parlamentares e, com o voto dele mesmo, chegaria aos 13 votos, ou seja, teria a maioria para ocupar o cargo de primeiro-secretário da Assembleia Legislativa.

Além disso, o deputado tenta convencer o colega Paulo Corrêa a desistir de disputar o cargo para evitar um racha dentro da Casa de Leis e, principalmente, dentro do “ninho tucano”.

Porém, conforme os parlamentares mais experientes, muitos favoritos dormem eleitos, mas acordam derrotados. Portanto, a definição fica para o dia 1º de fevereiro de 2023, quando, pelo regimento interno da Casa de Leis, os 24 parlamentares devem se reunir para a solenidade de posse e eleição da Mesa Diretora, que será feita por votação nominal e aberta.

Os vencedores para a presidência e para a primeira-secretaria da Assembleia Legislativa cumprirão mandato de dois anos, com possibilidade de reeleição por mais dois anos.

DANIEL PEDRA

CORREIO DO ESTADO