Frota leva à PF dados que ligam Eduardo Bolsonaro a esquema de ‘fake news’
Segundo o denunciante, Eduardo teria arquitetado, junto ao suposto gabinete do ódio, dos ataques ao STF
Em depoimento prestado em 29 de setembro, o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) disse à Polícia Federal ter comprovação de que o também deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) está ligado a um esquema de ataques virtuais contra opositores do presidente Jair Bolsonaro e familiares.
Além disso, o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), teria arquiteado, junto ao suposto gabinete do ódio, os ataques a membros e ao prédio do Superior Tribunal Federal (STF).
Segundo a Folha de S. Paulo, que teve acesso ao depoimento, realizado no último dia 29, Frota apresentou vários IPs de computadores de Brasília e do Rio de Janeiro usados na disseminação de fake news na internet.
Conforme o parlamentar tucano, os IPs estão ligados a um e-mail do filho 02 do presidente, declarado como seu endereço eletrônico oficial no registro de candidatura de 2018. Ainda segundo Frota, alguns dos IPs são de computadores que foram localizados em imóveis do Rio e de Brasília ligados a Eduardo.
As informações teriam sido obtidas na Comissão Parlamentar de MIsta de Inquérito (CPMI) das Fake News, ainda em andamento no Congresso. Eduardo Bolsonaro não se manifestou sobre o caso.
ATAQUES CIBERNÉTICOS
A CPMI das Fake News foi instalada em 4 de setembro do ano passado com o objetivo de apurar, no período de 180 dias, "ataques cibernéticos que atentassem contra a democracia e o debate público". Em 2 de abril, no entanto, a Mesa Diretora apresentou as assinaturas suficientes para a sua prorrogação. O requerimento foi lido e enviado para publicação, sendo que a comissão agora pode funcionar até 24 de outubro.
Flávio Veras
CORREIO DO ESTADO