Financiador de caravana e policial militar estão entre alvos de operação da PF que investiga 8/1

09/01/2024 04h58 - Atualizado há 10 mêses

23ª fase da Lesa Pátria foi deflagrada nesta segunda, um ano após os atos extremistas; agentes realizaram uma prisão em flagrante

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REPRODUÇÃO/RECORD BRASÍLIA

Um homem suspeito de contratar ônibus para levar extremistas para os atos de 8 de Janeiro de 2023 está entre os presos da 23ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada nesta segunda-feira (8) pela Polícia Federal. Segundo as investigações, Wagner Freire Ferreira Filho teria pagado R$ 24 mil. Os agentes encontraram impressões digitais do suspeito em um dos vidros do Salão Negro, no Senado.

As informações foram confirmadas pela RECORD BRASÍLIA. A PF cumpre 46 mandados de busca e apreensão em 11 estados e no Distrito Federal.

Outro alvo foi um policial militar em Rondônia. Em endereços ligados a ele na cidade de Cerejeiras, a PF apreendeu sete armas, todas registradas, uma espingarda de ar comprimido, 392 munições e duas caixas de pólvora com 1 kg cada, além de um celular. A identidade do PM não foi divulgada.

Já no Rio Grande do Sul, onde os policiais cumpriram 13 mandados de busca, um homem foi preso em flagrante por porte ilegal de arma. O modelo encontrado e a identidade do preso não foram reveladas.

Operação Lesa Pátria

A Operação Lesa Pátria visa identificar pessoas que financiaram e fomentaram a invasão ocorrida nas sedes dos Três Poderes, em 8 de Janeiro de 2023.

Na 23ª fase, foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) 47 mandados judiciais (46 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva), nos estados do Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Paraná, Rondônia, São Paulo, Tocantins, Santa Catarina e no Distrito Federal.

Segundo comunicado divulgado pela PF, foi "determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados". Apura-se também que os valores dos danos causados ao patrimônio público em 8 de Janeiro do ano passado possam chegar à cifra de R$ 40 milhões.

Em tese, os fatos constituem os crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

As investigações continuam em curso, e a Operação Lesa Pátria é permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos e pessoas capturadas. A última ação foi deflagrada em novembro de 2023, com 25 mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva, também expedidos pelo STF, nos estados de Santa Catarina e Minas Gerais.

Renata Varandas e Natália Martins, da RECORD, e Rafaela Soares, do R7