Ex-integrantes da Lava Jato devem ser alvo de cobranças milionárias na Justiça e pedidos de perda de cargo

08/09/2023 04h55 - Atualizado há 1 ano

Expectativa é que primeiras ações sejam apresentadas ainda neste ano

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O senador Sergio Moro (União-PR) e o ex-deputado federal cassado Deltan Dallagnol

Estadão Conteúdo e Agência Brasil

Os ex-integrantes da Operação Lava Jato devem ser alvo de cobranças milionárias na Justiça.

Esse é um dos resultados esperados pelo governo com a criação da força-tarefa pela Advocacia-geral da União (AGU), que também deve apresentar ações de improbidade administrativa com perda da função pública.

A pasta montou um time especializado para analisar desvios cometidos por integrantes do Ministério Público Federal (MPF) e da Justiça Federal em casos da Lava Jato.

Trata-se de um desdobramento da decisão do ministro Dias Toffoli, que determinou a nulidade das provas fornecidas pela Odebrecht em seu acordo de leniência e a apuração da responsabilidade de agentes públicos quer participaram do acerto.

A expectativa é que as primeiras ações sejam apresentadas ainda neste ano. O centro da estratégia é promover a reparação pelos danos causados, segundo um integrante da AGU.

Para esse cálculo, a pasta pretende levar em consideração os gastos realizados com a própria força-tarefa da Lava Jato e ainda desembolsos que a União foi obrigada a fazer para cobrir indenizações pedidas na Justiça por alvos da operação.

Isso deve resultar em pedidos milionários aos ex-integrantes da Lava Jato. A AGU começará agora o trabalho e, nos bastidores, o ministro Jorge Messias vem reiterando que a tônica deve ser o rigor na apuração e o devido processo legal.

O advogado-geral da União tem dito que “prudência” é a palavra e não há espaço para “revanchismo”, segundo interlocutores.

Já se antecipa, no entanto, que Deltan Dallagnol e Sergio Moro sejam alvo de ações. O fato de o ex-juiz ter mandato parlamentar como senador não é visto como um empecilho.

Renata Agostini da CNN