Diretor da PF acusa governo Bolsonaro de interferência política

24/11/2023 08h03 - Atualizado há 1 ano

Rodrigues menciona as sucessivas mudanças no comando da PF como responsável pela "o bloqueio de ações" e durante o período

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Anderson Torres foi diretor da PF durante o governo de Jair Bolsonaro

Arquivo - Marcos Corrêa/PR

Em entrevista exclusiva à CNN, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, acusou o governo Bolsonaro de interferência política na instituição.

“Eu me refiro especialmente à instabilidade. E à interferência política na nossa instituição”, disse.

Rodrigues menciona as sucessivas mudanças no comando da PF como responsável pela “o bloqueio de ações” e durante o período.

Mudanças

Bolsonaro mudou o comando da PF quatro vezes.

Maurício Valeixo deixou a direção após disputa do presidente da República com o então ministro da Justiça, Sergio Moro.

Ele foi substituto por Rolando Alexandre, nome de confiança de Bolsonaro, posteriormente, trocado por Paulo Maiorino, indicado por Anderson Torres, à época ministro da Justiça.

Alexandre Ramagem chegou a ser cogitado para assumir a direção da PF, mas foi impedido por Alexandre de Moraes, pela proximidade dele com a família Bolsonaro.

Alternâncias

“Nenhuma empresa, nenhuma instituição se sustenta, pode ser produtiva com tamanha alternância porque isso implica mudança de diretores, de superintendências”, afirmou.

A CNN entrou em contato com os advogados de defesa de Bolsonaro sobre a acusação de interferência política e aguarda resposta.

Tainá Falcão e Gustavo Uribe da CNN