Deputado bolsonarista de MS sugere PEC para acabar com feriados no Brasil

25/11/2024 16h50 - Atualizado há 10 dias

Pollon sugere acabar com feriados durante dias úteis, transferindo-os para os domingos; objetivo, segundo ele, é tornar país mais competitivo

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Crédito: Marcos Pollon é o autor da Proposta de Emenda à Constituição / Wesley Ortiz

Na contramão da proposta apresentada pela deputada federal Erika Hilton, que quer acabar com a escala de trabalho 6x1, o deputado Marcos Pollon (PL-MS) apresentou uma alternativa controversa. O parlamentar sugeriu uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para extinguir os feriados.

Segundo o deputado, o objetivo é tornar o país mais competitivo. Em proposta, Pollon sugere acabar com feriados durante dias úteis, transferindo-os para os domingos. A ideia foi apresentada junto com outras sugestões trabalhistas.

Pollon argumenta que a medida beneficiaria a economia, eliminando o que ele considera uma das principais barreiras à produtividade, que é a interrupção causada por feriados. "Acho que o melhor seria todo feriado ir para o domingo de cada semana, pois não teríamos tantas interrupções na escala produtiva", declarou.

Durante defesa da proposta, Pollon atacou a PEC apresentada por Erika Hilton e afirmou que a sugestão dele leva em consideração os encargos sobre o trabalhador, patrão e população como um todo.

"Diferente da outra proposta, levo em consideração o peso que existe sobre o custo operacional das coisas, seja em produtos ou serviços. Um feriado ou um descanso remunerado gera um peso para o caixa, e quem paga por isso é você. O valor é sempre repassado e pode ser ainda mais nocivo com a jornada menor", explicou o vice-líder do PL na Câmara dos Deputados.

O parlamentar ainda defendeu uma drástica redução na tributação sobre o emprego e maior liberdade para negociação entre empregadores e empregados.

A oposição de Marcos Pollon aos feriados não é nova. Em 2023, ele se posicionou contra a nacionalização do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro.

A proposta, que já era realidade em seis estados, foi aprovada por 286 parlamentares, mas recebeu 121 votos contrários, incluindo os de Pollon e outros três deputados de Mato Grosso do Sul: Rodolfo Nogueira (PL), Luiz Ovando (PP) e Geraldo Resende (PSDB).

 Créditos: Felipe Dias