Defesa de Bolsonaro chama "minuta golpista" de documento apócrifo e pede que TSE não investigue
A minuta em questão era de um decreto em que o então mandatário iria determinar a instauração de estado de defesa na sede da corte eleitoral
A defesa de Jair Bolsonaro (PL) pediu para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não levar em consideração nas ações contra o ex-presidente a minuta de um decreto em que o então mandatário iria determinar a instauração de estado de defesa na sede da corte eleitoral.
Os advogados de Bolsonaro classificam a minuta como "documento apócrifo" e argumentam que o tema não tem relação com o caso em curso no TSE em que o ex-presidente é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por ter realizado uma reunião com embaixadores para difundir inverdades sobre as urnas eletrônicas.
Na semana passada, o corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, incluiu a minuta de na ação que trata da reunião com representantes de outros países realizada no Palácio da Alvorada ano passado.
A decisão de Gonçalves atendeu a um pedido do PDT, que, na semana passada, protocolou petição para que o documento fosse anexado às investigações propostas pelo partido.
A Folha de S.Paulo revelou que a Polícia Federal encontrou a minuta do decreto na residência de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça. O objetivo do documento seria reverter o resultado da eleição, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vencedor. Tal medida seria inconstitucional.
FOLHA PRESS