A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados concluiu nesta sexta-feira (13) o ato especificando os benefícios a que o presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), terá direito enquanto permanecer suspenso. Cunha continuará tendo direito a salário integral, avião, carro, segurança, equipe do gabinete pessoal, plano de saúde e residência oficial.

Os termos do documentos já haviam sido definidos nesta quinta-feira, mas faltavam as assinaturas de todos os integrantes da Mesa. A Secretaria-Geral da Mesa informou que o ato foi encaminhado para publicação no Diário Oficial da Câmara.

Segundo o primeiro-secretário da Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), a medida será retroativa ao dia 5 de maio, data do afastamento de Cunha. O peemedebista foi afastado sob a acusação de que estaria atrapalhando as investigações da Operação Lava e o processo no Conselho de Ética do qual ele é alvo por suposta quebra de decoro parlamentar.

Mansur já havia dito que o ato da Mesa teria como base os mesmos direitos que a presidente da República afastada, Dilma Rousseff, terá no período em que responder ao processo de impeachment.

Embora esteja afastado das funções por tempo indeterminado, Cunha receberá salário integral de R$ 33.763, além de manter a residência oficial, no Lago Sul (bairro nobre de Brasilia), avião, seguranças, motorista, carro oficial e verba de R$ 92 mil para pagar funcionários do gabinete.

A Mesa Diretora interpreta que é preciso garantir condições iguais a dois chefes de Poderes que se encontrem em situação semelhante – afastados dos postos.

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