Crimes letais intencionais caíram em 2023 por causa da redução do número de armas, diz Dino

22/12/2023 04h07 - Atualizado há 11 mêses

Ministro da Justiça prevê queda de até 6% desse tipo de delito em 2023; registros de novas armas diminuíram 79% desde o ano passado

Cb image default
PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO - 13.12.2023

Em um balanço da gestão à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino relacionou nesta quinta-feira (21) a queda no número de crimes violentos letais intencionais no Brasil em 2023 à redução da quantidade de novas armas em circulação no país. Ainda sem os dados de dezembro consolidados, Dino prevê redução de até 6% desse tipo de crime — que inclui homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, latrocínio e feminicídio.

Entre janeiro e novembro deste ano, a quantidade de registro de novos armamentos caiu 79% em comparação com 2022.

"A redução é muito significativa e muito acima da redução do ano passado. Temos vidas salvas. Isso se deu com a redução do armamentismo, e é possível compreender o debate melhor, porque em 2022 tivemos 135.915 novas armas registradas e, em 2023, 28.304", afirmou o ministro.

"É uma redução muito pronunciada do armamentismo irresponsável que havia anteriormente. Com isso, mostramos que não há correlação lógica entre crescimento de armas e redução de mortes violentas ou homicídios. Durante anos, foi repetida essa ideologia, que se revelou definitivamente desconforme com a realidade", completou.

O número de registros de crimes violentos letais intencionais chegou a 42.721, segundo o ministério, em 2021, e alcançou 42.620 no ano passado. De janeiro a novembro de 2023, foram informados 36.854 crimes do tipo, com previsão de chegar a cerca de 40,1 mil até dezembro.

Flávio Dino, recém-aprovado para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), fica à frente do Ministério da Justiça até, pelo menos, 8 de janeiro do ano que vem, como informou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta (20). O governo organiza um ato em defesa da democracia para a data em que as ações de extremistas que culminaram na invasão às sedes dos Poderes completam um ano.

 Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília