Criação de dois novos cargos de desembargadores vai custar R$ 6,6 milhões por ano
Agora, o TJMS contará com 37 magistrados no efetivo
Gabrielle Tavares
Governo Estadual sancionou lei que cria mais dois cargos de desembargadores no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), nesta sexta-feira (05).
Agora, o TJMS contará com 37 magistrados no efetivo.
Como já noticiado pelo Correio do Estado, a mudança vai custar R$ 6,6 milhões em 2022, e R$ 7,9 milhões por ano, nos anos seguintes.
De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o salário da magistratura estadual é o mais alto do País, com uma média de R$ 85,7 mil mensais.
A média nacional é de R$ 45,4 mil. O valor gasto com os juízes já foi maior no passado, quando se calculava o auxílio-moradia pago à magistratura.
O gasto do TJMS em 2018, ano do último levantamento do CNJ, foi de R$ 1,015 bilhão.
Os magistrados também têm destaque em produtividade, com o 10º melhor índice nacional e a sexta melhor posição em congestionamento (38% dos processos parados) do País no segundo grau.
Conforme publicação no Diário Oficial do Estado (DOE), desta sexta-feira (5), serão quatro Seções Cíveis compostas por cinco desembargadores cada, uma Seção Especial Criminal com sete desembargadores componentes das Câmaras Criminais.
Além de cinco Câmaras Cíveis com cinco desembargadores, e três Câmaras Criminais compostas por quatro desembargadores cada uma.
A Câmara Cível que será criada vai conter os dois novos desembargadores e também pelos magistrados que excederem ao número de cinco e quatro membros das Câmaras Cíveis e Criminal atualmente existentes, respectivamente.
Desta forma, os membros excedentes deverão ser voluntários. Caso não haja, a escolha recairá sobre o membro mais novo no TJMS, em caso de mais de um interessado na mesma Câmara, a escolha recairá sobre o mais antigo.
Também foram estabelecidos 10 cargos em comissão de Assessor de Desembargador (PJAS1), para atender à nova estrutura de gabinetes dos novos desembargadores, além de cinco PJAS1 para os membros do Tribunal que deixarem de compor o Órgão Especial, a fim de que permaneçam com o assessor adicional a eles disponibilizado quando do ingresso.
As novas vagas serão destinadas à magistratura, e uma outra ao Ministério Público Estadual.
Já as outras duas vagas serão decorrentes da aposentadoria compulsória da desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, condenada a perder o cargo por usá-lo para favorecer o filho, acusado de tráfico de drogas.
Ela está afastada do tribunal desde o 2018 e sua aposentadoria deve ser publicada nos próximos dias.
A quarta vaga a ser aberta será a do desembargador Claudionor Abss Duarte, decano do Tribunal de Justiça e que se aposenta ano que vem, ao completar 75 anos.
A vaga de Tânia é decorrente de indicação ao MPMS, e a de Claudionor, de representante da advocacia.
Com isso, tanto o Ministério Público de Mato Grosso do Sul quanto a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS) vão indicar nomes para a magistratura.
CORREIO DO ESTADO