Corrêa cobra celeridade para definir comissões
Deputados devem se dividir em dois blocos, além da bancada do PSDB, para formar as comissões
Flávio Veras
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), Paulo Corrêa (PSDB), cobrou nesta quinta-feira (4) das lideranças parlamentares agilidade na indicação de nomes que poderão compor as comissões permanentes da Casa.
A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), a mais cobiçada entre as bancadas, no ano passado teve um atraso em sua formação.
Além disso, o chefe do Legislativo Estadual afirmou que, caso as lideranças não se posicionem, ele abrirá os grupos de trabalho com as formações executadas em 2020.
Após a fala do presidente, os parlamentares se posicionaram a respeito do pedido. Marcio Fernandes adiantou ao Correio do Estado que será a liderança de um desses grupos parlamentares.
Além disso, ele afirmou que até a próxima sessão ordinária, que ocorrerá na terça-feira (9), deixará na mesa do presidente da Assembleia a composição do bloco, bem como o nome dos indicados das comissões.
“Começamos esta semana as conversas com todos os parlamentares e posso afirmar que elas evoluíram bem com pelo menos sete deles. Hoje continuaremos com essa articulação para agregar outras lideranças partidárias e, assim, fechamos nosso grupo”, projetou.
Perguntado pelo Correio do Estado se já há uma expectativa de quantos deputados conseguirá agregar ao seu entorno, o emedebista afirmou que a Casa terá três grupos, um deles composto somente por deputados do PSDB, a maior bancada.
“Trabalhamos com a hipótese de um grupo ter 10 deputados e o outro oito, ou dois com nove, já que o PSDB tem bancada na Casa com quatro deputados, além do presidente, Paulo Corrêa. Ou seja, eles não serão aglutinados em nenhum desses grupos. Além disso, posso dizer que a formação independe se o parlamentar é de oposição ou situação, pois o grupo tem o objetivo de se agrupar, votar em propostas relevantes e não se pautar por ideologias”, explicou.
Comissões
Em relação à formação das comissões permanentes, o deputado diz que não haverá muita mudança na composição delas, porém, ele acredita que a única que terá trocas de membros será a CCJR, mais precisamente na presidência e vice-presidência.
A comissão é a mais cobiçada em todas as casas legislativas, tanto da esfera municipal quanto da estadual ou federal.
No caso da que pertence ao Estado de Mato Grosso do Sul, passam todos os projetos que são apreciados pela Assembleia Legislativa, tanto os que são de autoria dos deputados como do Executivo, Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas.
Outra liderança
O outro possível líder do bloco é o deputado Londres Machado, que era o comandante do maior bloco do ano passado, o G10, como o nome já diz, era composto por 10 deputados.
Porém, o colegiado teve uma debandada no fim de 2020. Procurado pelo Correio do Estado e perguntado sobre como anda essa articulação, Machado se resumiu apenas a emitir uma nota sobre o assunto, por meio de sua assessoria de imprensa.
“Conforme o deputado Machado comunicou ao presidente Paulo Corrêa, na sessão desta quinta, ele fará uma reunião com o grupo na próxima terça para tratar das indicações. A expectativa é de que um dia depois, na quarta, as indicações para as comissões e o nome dos representantes do bloco sejam encaminhados à mesa diretora”, afirmou o texto.
CORREIO DO ESTADO