Convenção do PDT Estadual, “Arte de traidores”, por Dagoberto Nogueira

20/06/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos

O PDT, novamente, mostra sua forma de fazer “política”, dessa vez a nível estadual. Com uma proposta de consenso, pré-estabelecida entre as lideranças, o partido vai a convenção para homologar o acertado, mas, ao apagar das luzes, os desconformes, já derrotados pela maioria, insurgem-se e apresentam uma chapa para concorrer.

Alguns pontos ficaram bem claros nesse episódio, o primeiro é que, para certas correntes do PDT, “acordos existem para serem quebrados”, o segundo é que João Leite Schimidt, enquanto viver, será o proprietário do partido no MS e o terceiro é que para esse proprietário o que menos conta é a vontade da maioria.

Em Sidrolândia, nas eleições de 2008, isso acabou ficando bem claro, o diretório municipal havia se reunido e decidido pelo apoio ao candidato do PSDB, Enelvo Felini, mas ao apagar das luzes, cinco ou seis inconformados, mas seguidores de Schimidt, conseguiram a destituição de diretório e executiva, montaram uma provisória e tomaram o controle do partido, partindo só com a legenda para apoiar Daltro Fiuza, não dando a mínima importância para a vontade dos filiados.

Isso novamente parece que vai acontecer, pois nem mesmo a presença do Presidente Nacional do partido, Carlos Lupi e do Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, foi suficiente para o que o candidato que deveria ser de consenso, o Deputado Federal Dagoberto Nogueira, classificou como “arte de traidores”. Fazendo referência aos contrários a sua candidatura, que até os últimos momentos a declaravam como única, enquanto, nos bastidores, preparavam o golpe que acabou por encerrar a convenção com um racha que trará mais prejuízos a um partido combalido e que se apequena ano a ano.