Comerciantes devem voltar naturalmente para a antiga rodoviária, afirma prefeito

30/12/2019 20h16 - Atualizado há 4 anos

Espaço deve se tornar uma espécie de Central do Cidadão com diversos serviços públicos

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Foto: Valdenir Rezende / Correio do Estado

Comerciantes e condôminos do Complexo Empresarial Terminal do Oeste Heitor Eduardo Laburu devem voltar a ocupar as salas do local após a requalificação da parte pertencente à Prefeitura de Campo Grande - cerca de 11%. É o que afirma o prefeito Marcos Trad (PSD), no ato de assinatura dos recursos recebidos para a obra no local, na manhã desta segunda-feira (30).

“Eu acredito que naturalmente [os comerciantes voltem]. [...] O primeiro sinal é que muitos proprietários particulares, que não estavam pagando seus IPTU’s [Imposto Predial e Territorial Urbano], estiveram na prefeitura no último refis e colocaram em dia”, disse ele. O recurso de R$ 15,3 milhões foi conseguido a Fundo Perdido vindo do Governo Federal, ou seja, a Prefeitura não terá custo com financiamentos para a requalificação.

Síndica do prédio, Rosane Nely Lima comemorou a formalização do convênio entre Executivo Municipal e Caixa Econômica Federal, que encerra a luta de 10 anos contra o abandono do local, que virou refúgio para moradores de rua e usuários de drogas, quando o Terminal Rodoviário mudou para a Avenida Gury Marques, em 2009.

“A palavra para hoje é gratidão. Gratidão a todos. Você vai resolver um problema de valorização imobiliária, que já está acontecendo, não só do prédio mas do entorno. Vai proporcionar inúmeros empregos. Você já imaginou 233 salas abertas? Hoje a gente já proporciona, cada comércio que tem dentro do prédio proporciona de três a quatro empregos. Vai mudar totalmente o cenário”, comentou ela.

SERVIÇOS

A ideia da requalificação da parte do prédio é trazer novamente o movimento de pessoas para a área. Por isso, a prefeitura vai mover serviços públicos para o local. “A gente está fazendo estudos ainda, mas prioritariamente, a gente deve levar a Central de Atendimento ao Cidadão, parte da Guarda Municipal, o passe do estudante, a parte de posturas da Semadur [Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano], alguns atendimentos da SAS [Secretaria Municipal de Assistência Social], própria Emha [Agência Municipal de Habitação], para viabilizar também o centro comercial e a parte privada do prédio”, explicou a coordenadora Especial da Central de Projetos da Secretaria Municipal De Governo E Relações Institucionais (Segov), Catiana Sabadin.

A Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes) e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) querem transformar o prédio também em um centro integrado de segurança.

A ideia é levar para o local a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro e também a Gerência Operacional Centro da Guarda Civil Metropolitana. Atualmente, a Depac funciona junto da 1ª Delegacia de Polícia Civil, na Rua Padre João Crippa, e também divide espaço com a Polícia Militar. Com a mudança, apenas a Depac seria transferida para a antiga rodoviária.

FÁBIO ORUÊ

CORREIO DO ESTADO