Com problemas na Justiça, ex-prefeitos elegem mulheres

14/11/2016 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Seis prefeitas eleitas no Rio de Janeiro são mulheres de ex-prefeitos que não puderam disputar as eleições por impedimento judicial. Entre os crimes estão, principalmente, mau uso de dinheiro público e abuso de poder político e econômico.

No total, apenas oito mulheres foram eleitas no Estado, que tem 92 municípios. 

Entre as prefeitas eleitas, segundo O Globo, há seis casos de mulheres que chegaram de última hora para concorrer, porque seus maridos tiveram as candidaturas indeferidas ou renunciaram.

A dentista Manoela Peres (PTN), mulher de Antonio Peres Alves, foi uma delas. Com o marido condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), sob acusação de superfaturamento na compra de ambulância, ela foi lançada e eleita com 23.600 votos, em Saquarema. 

Antonio Peres Alves afirmou que não foi ele quem lançou a candidatura da mulher, mas sim uma decisão coletiva do grupo político ao qual pertencemos.

Caso semelhante ocorreu na cidade de Paracambi, quando Flávio Campos Ferreira, o Dr. Flávio (PR), teve seu registro indeferido pelo TRE-RJ. A acusação foi sobre o uso de cirurgias de laqueadura com fins eleitorais.

Sai Flávio, entra a sua mulher, a fisioterapeuta Lucimar Cristina da Silva Ferreira, chamada de Lucimar do Dr. Flávio na campanha. Foi eleita com 12.686 votos.

Em Carapebus, no interior do estado, quem venceu, com 6.201 votos, foi Christiane Cordeiro (PP). Seu marido Eduardo Nunes Cordeiro renunciou em 31 de agosto, suspeito de improbidade administrativa referente a uma obra de saneamento no município.

Ainda segundo O Globo, outra que usou o nome do marido e conseguiu se eleger foi Margareth de Souza Rodrigues Soares, a Margareth do Joelson (PP), de Italva. Ele está inelegível até 2020.

Em Araruama, apesar de o marido Chiquinho da Educação ser réu em diversas ações por improbidade administrativa e estar inelegível até 2019, sua esposa Lívia de Chiquinho (PDT) foi eleita com seis vezes mais votos que o segundo colocado.

Outra que se elegeu no interior do estado, em São Francisco de Itabapoana, foi Francimara (PSB), mulher de Frederico Souza Barbosa de Lemos, inelegível até 2020.

POR NOTÍCIAS AO MINUTO