“Cid não tem medo de nada. Nem de ameaça”, diz advogado de ex-assessor de ordens de Bolsonaro

21/02/2024 04h16 - Atualizado há 9 mêses

À CNN, Cezar Bitencourt destacou que Mauro Cid está colaborando com a Polícia Federal e “respondeu o que foi perguntado”

Cb image default

Advogado afirma que nem ele nem Cid se sentem ameaçados

Reprodução/CNN

O advogado do tenente-coronel Mauro Cid, Cezar Bitencourt, disse à CNN nesta terça-feira (20) que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) “não tem medo de nada”. “Nem de processo, nem de ameaça.”

“Ele está na luta para cumprir sua missão, que é entregar os fatos que ele sabe. Tudo o que ele souber, e lhe perguntarem, ele vai esclarecer”, disse o defensor.

Bitencourt também destacou que Cid não se sente ameaçado, nem ele. “Nunca, por ninguém. Vivemos em um país democrático. Estamos cumprindo a função”. E reforça: “como assessor, ele sabia de muita coisa’”.

Questionado se o militar entregou tudo que sabia no acordo de colaboração com a Polícia Federal, o advogado diz que ele respondeu tudo o que lhe foi perguntado, mas que está à disposição se a PF precisar de mais esclarecimentos.

“Se tiver que refazer alguma pergunta, a gente mora perto, é três minutos daqui à Polícia Federal, então fica bem fácil. Estamos à disposição para colaborar com o que for possível. E o possível dentro daquilo que o Cid sabe. É só perguntar.”

“Eu acho que a autoridade policial [delegado] tem tudo o que precisa. Tudo o que ele perguntou foi respondido. Foram dois dias inteiros respondendo”, relembra. E rebate: “o Cid omitiu? Não foi perguntado. Estamos colaborando bem.”

Sobre uma possível anulação do acordo de colaboração com a PF, Cezar Bitencourt é enfático: “Por que anularia uma delação? Se você não colaborar, se não tiver conteúdo. E, até agora, tudo que está acontecendo é decorrente da delação.”

“A delação contribuiu para os esclarecimentos dos fatos, é isso que precisa. Agora, o maior ou menor aproveitamento depende do interesse das autoridades. A parte que cabia ao Cid era relatar os fatos, que é uma colaboração. Esse foi o acordo feito: colaborar. Os fatos são esses, aconteceram dessa forma”, finalizou.

Elijonas Maia eTainá Falcão da CNN