Casos de nepotismo ‘explodem’ no TCE/MS

08/04/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

A clássica desculpa de que se deve a ‘competência profissional’ foi novamente utilizada pelo Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE/MS) para justificar um possível ato de nepotismo. O novo caso veio á tona no início desta semana, quando se descobriu a contratação de Viviane Amendola da Motta, filha de Maria Cecilia Amendola da Motta, atual secretária estadual de Educação.

Viviane foi contratada pelo órgão no dia 06 de fevereiro deste ano, por meio da portaria ¨P¨ TC/MS 124/2015, para exercer o cargo em comissão de Assessor de Inspetoria, símbolo TCAS-203, da 6ª Inspetoria de Controle Externo, a contar do dia 09 de fevereiro. O salário da jovem é R$ 9.847,34 mensais. A justificativa de que se trata de ‘competência profissional’ é complementada pelo fato de Viviane ter trabalhado no órgão por meio da Seleta.

Ocorre que o TCE/MS, no final de fevereiro, cancelou dois contratos com empresas terceirizadas em função de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado em outubro de 2014 com o MPE (Ministério Público Estadual). Entra estes, estava o da Seleta Sociedade Caritativa, que resultou na demissão de 260 funcionários. Viviane da Motta trabalhava como estagiária da Seleta no órgão fiscalizador, após o fim do contrato, a jovem foi contratada pelo presidente e conselheiro Waldir Neves.

Nepotismo

Os casos de nepotismo vieram à tona depois da denuncia de que o deputado Rinaldo Modesto (PSDB) teve seus filhos, Carolina de Oliveira e Felipe Modesto, contratados pelo órgão em troca da contratação de Vanda Neves Barbosa, irmã de Waldir Neves, na Assembleia Legislativa.

O parlamentar, que nega os fatos, contratou Vanda para trabalhar em seu gabinete como assessora especial. O ato número 340/2015, publicado no Diário Oficial da Assembleia Legislativa de 03 de março deste ano, nomeia Vanda como “assessora de gabinete parlamentar XIX”, símbolo PLAP 07.19, cujo salário é de R$ 2,5 mil, mas com os vencimentos pode ser ainda maior, um acréscimo de 100%.

Outros Casos

Por meio de pessoas aprovadas no último concurso do órgão e que ainda não foram convocadas para a posse, descobriu-se também que o presidente Waldir Neves agraciou seus parentes de forma direta. Entre os nomes está o da ex-esposa de Waldir Neves, Alessandra Larréia Ximenes, que foi nomeada para exercer o cargo em comissão de Chefe de Gabinete de Diretor Geral símbolo TCAS-203, cujo salário é de R$ 9,8 mil.

No dia 27 de fevereiro, a ex-mulher do presidente do TCE foi exonerada do cargo anterior e nomeada como Chefe da Secretaria das Sessões, símbolo TCAS-201. Com a promoção, o salário de Alessandra saltou para R$ 14,7 mil.

O sobrinho do conselheiro Waldir Neves, Igor Nemir Neves, também foi nomeado para trabalhar no órgão, ocupando o cargo de Assessor Administrativo I, símbolo TCAS-203, da Diretoria Geral de Gestão e Modernização, com remuneração de R$ 9,8 mil. Anteriormente, Igor prestava serviços em comissão de Assessor de Inspetoria.

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