Campanha ao governo não empolgou eleitores
Sociólogo disse que efeito é comum, com base na realidade da política nacional
Faltam exatos 44 dias para as eleições e o desânimo da população em Campo Grande com relação à política é grande. As pessoas não sabem em qual candidato votar para presidente da República, governo estadual, deputado federal e estadual ou senador. Mas esse cenário de desânimo não é atual. Nas eleições de 2016, 22,32% dos eleitores campo-grandenses não foram às urnas no segundo turno.
Quando a reportagem do Correio do Estado abordou os amigos Paulo Torres Guimarães, 66 anos, funcionário público, e Edson Oliveira, 52, contador, eles conversavam sobre a indecisão com relação aos candidatos, na Praça Ary Coelho, região central da Capital. Paulo tinha candidato ao governo do Estado, o ex-governador André Puccinelli (MDB), que disputaria as eleições deste ano, mas desistiu da disputa no dia 29 de julho, nove dias após ser preso. Agora, não sabe em quem votar. “Sou fã dele, fez muito por Campo Grande quando foi prefeito, mas, agora com a prisão, não sei em quem votar”.
Para presidente, Paulo tem candidato, mas Edson ainda não. “Nunca fiquei indeciso, essa a primeira vez que não tenho candidato. O que aconteceu nesses últimos quatro anos, com a Dilma [Rousseff] ter sofrido impeachment e o Michel Temer assumindo, eu perdi a esperança”, desabafou.
* Leia a reportagem, de Renata Volpe Haddad, na edição de hoje do jornal Correio do Estado.
Foto: Álvaro Rezende / Correio do Estado