Câmara: Corregedoria analisa punição a deputados envolvidos em motim

11/08/2025 09h58 - Atualizado há 11 dias

O corregedor Diego Coronel (PSD-BA) tem 48 horas para se manifestar sobre os pedidos de suspensão e cassação dos parlamentares

Cb image default
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

A Corregedoria Parlamentar da Câmara dos Deputados recebeu, nesta segunda-feira (11/8), as representações de afastamento contra 14 deputados que participaram da obstrução dos trabalhos na Casa na última semana.

A decisão sobre os pedidos de suspensão e cassação dos parlamentares será analisada pelo corregedor Diego Coronel (PSD-BA), que terá 48 horas para se manifestar.

Na sexta-feira (8/8), a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados encaminhou as representações de afastamento contra os deputados por até seis meses.

Veja quem são:

Sóstenes Cavalcante (PL-RJ);

Nikolas Ferreira (PL-MG);

Julia Zanatta (PL-SC);

Luciano Zucco (PL-SC);

Allan Garcês (PP-MA);

Caroline de Toni (PL-SC);

Marco Feliciano (PL-SP);

Domingos Sávio (PL-MG);

Marcel Van Hattem (Novo-RS);

Zé Trovão (PL-SC);

Bia Kicis (PL-DF);

Carlos Jordy (PL-RJ);

Marcos Pollon (PL-MS);

Paulo Bilynskyj (PL-SP).

A decisão foi tomada pela Mesa, sob o comando do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), após os congressistas se recusarem a deixar a cadeira de Motta e a Mesa Diretora durante a retomada das sessões na Casa na última quarta-feira (6/8).

Motim na Câmara

A ala bolsonarista da Câmara obstruiu os trabalhos em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na segunda-feira (4/8).

Eles queriam que entrasse em votação três medidas de forma imediata: o projeto para anistiar envolvidos no 8 de Janeiro, a proposta de Emenda à Constituição do fim do foro privilegiado e também o impeachment de Moraes.

Dois dias depois, na quarta-feira (5/8), Motta decidiu convocar sessão e ameaçou punir com suspensão de seis meses qualquer deputado que insistisse na paralisação.

Na quinta-feira (7/8), em entrevista ao Metrópoles, o presidente da Câmara afirmou que o caso estava em “avaliação”. Sobre as pautas dos bolsonaristas, Motta reafirmou que não trabalha sobre “chantagem” e “imposição”.

Alice Groth

METRÓPOLES