Bernal culpa dengue e expediente maior para servidores vai até abril

08/01/2016 00h00 - Atualizado há 4 anos

O prefeito Alcides Bernal (PP) culpou a dengue para justificar aumento na jornada de trabalho de servidores municipais de Campo Grande. Decreto revogado, nesta sexta-feira (8), obriga retorno imediato de quem teve redução de carga horária como estratégia para impedir greve no ano passado.

Bernal pontuou que os servidores são cientes do problema da dengue e que a medida será mantida até abril. “Precisamos que o serviço público funcione em sua plenitude e para isso reestabelecemos as oito horas diárias, que não vai importar em aumento de despesa. Temos a dengue e que limpar a cidade”.

Seu antecessor, o ex-prefeito Gilmar Olarte (PP), havia decretado em junho redução de jornada de oito para seis horas diárias para evitar possível greve entre agentes de saúde e administrativos da educação. A revogação retoma regra prevista no estatuto do servidor para cumprimento de 40 horas semanais.

Por outro lado, o Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande (Sisem) reagiu a medida convocando assembleia para definir, na segunda-feira (11), indicativo de greve. Isso porque esta não estaria restrita somente a agentes de saúde, afetando administrativos da educação.

Conforme o líder sindical Marcos Tabosa, a redução de jornada foi fechada no ano passado como paliativo no ano até acordo para reajuste real dos salários. “Vamos paralisar tudo, porque ele está usando decreto para afetar outras categorias”, ressaltou.

A suposta ameaça, no entanto, não é considerada por Bernal. “O [Marcos] Tabosa não é dono dos servidores e da decisão [deles]”, rebateu. Nota da prefeitura reforçou ainda que administrativos da educação, em escolas e Centros de Educação Infantil (Ceinfs), assim como médicos e guardas municipais não terão jornada ampliada.

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