Bancada de MS fica dividida em proposta polêmica que prejudica arrecadação federal
Rose, Trutis e Dr. Luiz Ovando votam por perdão de dívida bilionária de igrejas
Rodrigo Almeida
Em tempos de pandemia e crise, os deputados brasileiros não se preocupam com a dívida crescente do Governo Federal, e decidiram que não cobrarão quase 1,5 bilhão de reais de Igrejas.
Em MS, a bancada estadual ficou dividida sobre o tema. A votação ocorreu em 15 de julho e cinco foram a contra e três a favor.
Na lista contrária estão Beto Pereira(PSDB), Bia Cavassa (PSDB), Dagoberto Nogueira (PDT), Fábio Trad (PSD) e Vander Loubet (PT).
Favoráveis foram Dr. Luiz Ovando (PSL), Loester Trutis (PSL) e Rose Modesto (PSDB), cogitada a pré-candidata à prefeitura da Capital.
A proposta de anistia às dívidas das Igrejas passou com facilidade pelo Congresso Nacional. Foram 345 votos favoráveis e 125 contrários.
PT, PDT, PSDB, Novo, Rede e Psol foram os partidos que indicaram a bancada a votarem contra a proposta. Apenas o PSB, PSD e a Minoria liberaram as bancadas a votar de acordo com a própria convicção.
As outras 19 lideranças da Câmara dos Deputados resolveram votar a favor da emenda constitucional aderida ao projeto de lei 1581/20.
PT, PDT, PSDB, Novo, Rede e Psol foram os partidos que indicaram a bancada a votarem contra a proposta. Apenas o PSB liberou a bancada a votar de acordo com a própria convicção.
Controvérsia
A proposta de emenda constitucional foi debatida em meio ao projeto de lei 1581/20, que fala sobre o uso de precatórios no combate à Covid-19, assunto pouco desconectado com as igrejas.
O autor da emenda é o Deputado Davi Soares (DEM-SP), filho do fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus. Caso a emenda seja aprovada, um dos maiores beneficiados será o próprio pai.
Para não vingar, cabe ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetar o projeto de lei ou acatá-lo com veto à emenda, um direito caso a presidência conclua a relevância da medida.
O gabinete presidencial divulgou nesta terça-feira, 8, que a proposta está sendo averiguada e que o presidente deve decidir até sexta, 11.
CORREIO DO ESTADO