Após recuperação de vídeo do 8/1, Bolsonaro pode ser indiciado por apologia ao crime, dizem fontes da PGR
Para Procuradoria, vídeo era a peça que faltava para a primeira denúncia contra Bolsonaro, mas trata-se de um crime de menor poder ofensivo
Com a recuperação de um vídeo compartilhado e apagado sobre fraude nas eleições dois dias depois do 8/1, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser indiciado por apologia ao crime, conforme fontes da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Para a PGR, o vídeo era a peça que faltava para a primeira denúncia contra Bolsonaro, mas trata-se de um crime de menor poder ofensivo.
A equipe do subprocurador Carlos Frederico dos Santos, que deixou hoje o comando das investigações, pediu a inclusão do vídeo no inquérito.
Agora cabe ao novo time, que vai ser montado por Paulo Gonet, o novo procurador-geral, tocar a denúncia. Segundo apuração do repórter da CNN Teo Cury, Gonet deve tocar diretamente o assunto.
A infração de apologia ao crime, no entanto, não coloca Bolsonaro como mentor ou beneficiário dos atos de 8/1, que destruíram os prédios dos Três Poderes.
A defesa do ex-presidente refuta as acusações e não concorda com a inclusão do vídeo no inquérito e está preparando uma petição sobre o assunto.
A principal alegação é de que o vídeo não foi recuperado, mas apenas uma cópia dele, que está salva na internet. A perícia do Ministério Público atestou que a cópia é autêntica.
Raquel Landim da CNN