Após negar redução do ICMS, governador se diz “a disposição das categorias”

26/05/2018 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Reinaldo Azambuja acenou a possibilidade de dialogar com as categorias

Depois de negar reduzir a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) - uma das reivindicações dos caminhoneiros em greve - sobre o óleo diesel por dois dias consecutivos, o governador Reinaldo Azambuja acenou, pela primeira vez, com a possibilidade de dialogar com as categorias. Na quinta-feira, durante entrevista, Azambuja negou nova redução da alíquota, como fez em 2015; na sexta-feira, foi a vez dos Estados do Brasil Central (em reunião em que a vice, Rose Modesto representou MS) reafirmarem o não aos caminhoneiros que querem menos ICMS sobre o diesel.

“O governo está aberto, a disposição das categorias. Vamos avaliar com o setor produtivo, as possibilidades que temos. A decisão tem de ser conjunta”, disse Azambuja. Em momento nenhum, porém, ele falou de poder reduzir o imposto sobre o combustível no curto prazo. O governador do Estado ainda cobrou atuação da União, reduzindo os impostos federais, e até mesmo da Petrobras. “Tem de diminuir o lucro (da estatal)”, afirmou o tucano, durante Feijoada do FAC neste sábado, evento beneficente promovido pela prefeitura de Campo Grande.

Reinaldo Azambuja lembrou que em 2015 reduziu a alíquota do diesel de 17% para 12% (conforme promessa que fez em campanha eleitoral), mas não levou a iniciativa adiante, porque outros setores envolvidos não cumpriram a parte que lhes cabia. “A redução não chegou na bomba, e o volume comercializado não aumentou”, comentou.

Por EDUARDO MIRANDA E BRUNA AQUINO - Correio do Estado

Foto: Álvaro Rezende/Correio do Estado