CELSO BEJARANO

Capitão Contar (PRTB), deputado estadual mais bem votado nas eleições de 2018, com aproximadamente 80 mil votos, tem dito que concorrerá ao governo de Mato Grosso do Sul, em outubro.

Uma das razões pelo desafio, disse ele nas redes sociais, seria um meio de garantir palanque ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que brigará pela reeleição.

Contudo, o desejo de Contar corre o risco de ser abatido por um arriscado prenúncio. É que a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP) disse repetidas vezes que o presidente suba em outro palanque, do pré-candidato ao governo Eduardo Riedel (PSDB).

Nesta segunda-feira (18), inclusive, ela, que é pré-candidata ao Senado, participou de evento político, em Campo Grande, que simbolizou o seu pacto com Bolsonaro e Eduardo Riedel.

Os três já conversavam sobre a questão há três semanas, em evento promovido no Assentamento Itamarati, em Ponta Porã.

Depois desse encontro, Tereza passou a dizer que ela, pré-candidata ao Senado, só apoiaria concorrentes que apoiam Bolsonaro. Riedel estava ao seu lado.

VISTA GROSSA

O deputado estadual afirmou que vê oportunismo por parte de políticos que se aproximam e querem o apoio do mandatário.

“Todo mundo quer dar palanque para o presidente Bolsonaro. Em um estado Bolsonarista como Mato Grosso do Sul, é claro que vão tentar colar com a imagem do presidente em ano de eleição, mas e o passado? Não adianta posar para foto agora, se a conduta não condiz. Se as atitudes não são bolsonaristas. De combate à corrupção, de busca por transparência, de defesa das bandeiras de direita. O cidadão sabe quem é quem de verdade”, afirmou o parlamentar.

Ainda de acordo com deputado, “dificilmente” o presidente subiria no palanque do PSDB.

“No entanto, até agora, não existe nenhum palanque confirmado, muito menos da parte de Bolsonaro. Vai ser muito difícil Bolsonaro vir e apoiar o candidato do PSDB. Não seria o palanque certo, e os eleitores sul-mato-grossenses sabem disso. O que eles querem é um representante legítimo, de combate à corrupção, assim como Bolsonaro”.

CORREIO DO ESTADO