Aliados fogem da confusão e da votação da reforma da Previdência

30/11/2017 00h00 - Atualizado há 4 anos
Cb image default
Divulgação

Os deputados estaduais enfrentaram na pele, ontem, a fúria dos servidores de Mato Grosso do Sul.

Pela primeira vez na história da Assembleia Legislativa, o Batalhão de Choque da Polícia Militar ocupou parte do plenário para garantir a votação da reforma da Previdência. Mesmo assim, alguns parlamentares receberam chuva de bolinha de papel, água e até erva de tereré em seus paletós. 

O clima de medo e pânico tomou conta de todos os ocupantes da Casa de Leis. De dentro do prédio, era possível ouvir o barulho das bombas de efeito moral que eram jogadas contra os manifestantes na parte de fora do Legislativo.

Os vários coros gritados pelos servidores acusavam os deputados de “Covardes!” e colocavam a culpa em cima do presidente da Mesa Diretora, Junior Mochi (PMDB). 

O próprio peemedebista ressaltou o caos instalado. “Foi talvez a votação mais conturbada e polêmica diante das manifestações. A Assembleia cumpriu a sua função. Obviamente, não há por parte dos servidores o entendimento, e isso faz parte do processo democrático. Da nossa parte, tomamos todas as medidas necessárias para manter a segurança e a integridade física das pessoas”, justificou Mochi.

Alguns deputados da base aliada do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) fugiram da votação. Evidentemente que Felipe Orro (PSDB), Maurício Picarelli (PSDB) e Grazielle Machado (PR) não admitiram a fuga.

Cada um apresentou uma desculpa. Pelo Facebook, a republicana, que está há três anos no cargo, alegou desconhecimento do horário da votação. 

“Tive dificuldade ali. Falei com a secretária e ela disse que estava muito tumultuado, por isso não estava lá. Mas foi tudo muito rápido. Foi vapt-vupt”, justificou Orro. 

Por Correio do Estado

Deputados escoltados pela Polícia Militar para entrar no plenário - Foto: Izabela Jornada/Correio do Estado