"Aí é questão do presidente", diz vice Hamilton Mourão sobre acusação de Bolsonaro a índios e caboclos como responsáveis por incêndios

23/09/2020 08h24 - Atualizado há 4 anos

Para general, discurso do brasileiro seguiu a linha de outras lideranças mundiais sobre a situação internacional e interna de cada país

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Agência Brasil

Estadão Conteúdo

O vice-presidente, Hamilton Mourão, concordou com o discurso do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), mas evitou avaliar a declaração em que o mandatário responsabilizou índios e caboclos por incêndios florestais. "Aí é questão do presidente, que tem os dados dele ali, então, não comento isso aí", disse.

Para Mourão, que coordena o Conselho da Amazônia, é preciso "contrapor a desinformação" quanto ao meio ambiente e destacou que a fala do presidente está dentro da visão do governo.

No pronunciamento gravado para a edição deste ano da assembleia, Bolsonaro afirmou que o País é vítima "de uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal".

"Que existe uma campanha de desinformação, existe. Isso aí eu já comentei, e compete a nós contrapormos. Agora, eu sempre deixo claro que a contraposição tem que se dar por duas vertentes: uma vertente de uma informação qualificada e a segunda vertente é de impedir que ilegalidades ocorram para não dar margem a esse tipo de pressão", declarou Mourão.

O vice-presidente avaliou que a fala de Bolsonaro seguiu a linha de demais discursos de lideranças mundiais sobre a situação internacional e interna de cada país. "(Foi) Seguindo ali a toada dos demais discursos que estão sendo colocados, os presidentes abordando a questão da pandemia, questão das relações internacionais, situação do mundo como um todo, questão da Organização Mundial do Comércio. No nosso caso, a questão do meio ambiente. Foi abordado dentro da nossa visão", afirmou.

Nesta terça-feira, 22, o vice-presidente deve sobrevoar áreas atingidas por queimadas nos Estados do Acre e Rondônia. "Está meio difícil lá porque está muito cheio de nuvem, começou a chover, mas vamos tentar conseguir sobrevoar", comentou.

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